O delator do pagamento de propina a figuras ilustres do PMDB, Nelson Mello era considerado homem de confiança de João Alves de Queiroz, o Junior, fundador de um dos maiores grupos do país na área de bens de consumo final.
Ele teria informado o pagamento de R$ 30 milhões a dois lobistas com trânsito no Congresso para fazer repasses a senadores do PMDB, segundo o jornal “O Estado de S. Paulo”.
João Alves de Queiroz Filho é um homem muito rico. Somente no início de novembro do ano passado, segundo a Forbes, o patrimônio do bilionário goiano engordou R$ 377 milhões apenas num pregão, graças à disparada das ações da Hypermarcas, companhia da qual é controlador.
Os papéis do conglomerado brasileiro de produtos de consumo dispararam mais de 21% na Bovespa naquela terça-feira, dia 3, turbinados pelo anúncio de venda das divisão de cosméticos do grupo para a Coty, por R$ 3,8 bilhões.
João Alves de Queiroz Filho é o principal acionista da companhia. Ele é dono de cerca de 80% da Igarapava Participações, que detém 20,13% da Hypermarcas. O restante das ações da Igarapava são de familiares do empresário.
Se somado, o patrimônio da família Queiroz na Hypermarcas aumentou R$ 470 milhões no pregão de hoje, alcançando R$ 2,70 bilhões. Deste valor, R$ 2,16 bilhões são de João Alves.