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Sobre a sucessão na Câmara dos Deputados

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Estamos a poucas horas da escolha do novo presidente da Câmara dos Deputados. A decisão dos parlamentares será crucial para o país. Mesmo que o novo presidente fique apenas por poucos meses no comando da Casa, os impactos de sua gestão serão sentidos na política, na economia e na sociedade.

Muitos são os nomes na disputa, o que indica que, no momento, se está longe de um consenso mínimo acerca do nome a ser escolhido pelo colegiado. Por conta disso, o eleito deverá buscar imediatamente o diálogo com seus pares, se quiser obter êxito em sua administração e, por consequência, deixar seu nome na história.

Falemos das candidaturas.

De um lado, o novo “centrão” tenta impor seu peso politico e lançará os nomes de alguns expoentes do grupo, notadamente Giacobo (PR-PR) e Rogério Rosso (PSD-DF), no momento o favorito na disputa.

De outro, partidos tradicionais e da antiga oposição trabalham a favor de nomes conhecidos, como Rodrigo Maia (DEM-RJ). Maia, por sinal, conta com o apoio do PT e do ex-presidente Lula, que vê nele uma liderança com capacidade para retomar de maneira efetiva a agenda legislativa.

Existe ainda a possibilidade de que, na última hora, surja um nome que agregue a todos os interesses e desejos políticos. Apesar de pouco provável, esse fato não pode ser tirado de cena.

Mais importante que o nome do vencedor, porém, será sua ação imediata. O novo presidente da Câmara terá um único objetivo – junto ao Planalto, fazer avançar uma agenda capaz de tirar o país da grave crise em que se encontra. O desafio está dado.

O cenário pós-Eduardo Cunha está repleto de desafios. O novo condutor da Câmara não poderá errar. Com a crise em curso, ajá complexa agenda brasileira depende ainda mais das decisões dos deputados. O jogo apenas mudará de fase.

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