A falida Sete Brasil Participações, enrolada por demais nos escândalos do propinoduto, voltou ao noticiário econômico. A empresa foi criada para gerenciar as prospecções de petróleo, mas serviu mesmo para cambalachos que podem ser verificados nos depoimentos e nos documentos reunidos pela CPI da Petrobras da Câmara.
Desta vez, a empresa apresentou um esboço de seu plano de reorganização que inclui a busca de até US$ 5 bilhões em recursos e uma drástica redução do tamanho da companhia, meses depois da empresas de sondas petrolíferas ter pedido recuperação judicial.
A Sete Brasil vai pedir aos credores, que incluem alguns dos maiores estaleiros do mundo e bancos do Brasil, para apoiarem o plano que prevê a construção de entre 8 e 12 sondas, ante a perspectiva original de 28, que permitiu a criação da companhia, disse o presidente-executivo da Sete, Luiz Eduardo Carneiro, de acordo com a Reuters.
Em comunicado ao mercado, a Sete afirmou que a estrutura do plano de recuperação judicial apresenta um “escopo macro sujeito a ajustes e detalhamentos, que se pretende materializar nos próximos 120 dias, até que haja aprovação final pela assembleia de credores”.