O jornal The New York Times vai enxugar ainda mais o corpo de editores com negociações ou demissões. O objetivo é contratar 100 novos jornalistas, mas que acumulem as funções de reportagem com a revisão dos textos, correção ortográfica ou de novos ângulos para a história ser publicada.
Este é sexto processo de negociação de saídas desde 2008. A última foi em 2014, inclusive com demissões. A notícia, que já era esperada há meses, foi publicada primeiro pelo Huffington Post e depois confirmadas pelo diretor de redação e chefe de redação e mais tarde pelo Publisher do jornal, um dos mais tradicionais do mundo.
“Penso que está para desaparecer um certo nível de escrutínio e de controle de qualidade”, disse ao New York Times Rick Edmonds, do instituto Pointer, sublinhando que os editores em causa desempenham várias tarefas importantes para a qualidade final dos textos.
O jornal Público, de Portugal, observa que tal como acontece na maioria dos grandes jornais em todo o mundo, o jornal de Manhatan tem registado fortes subidas na publicidade online, mas esses números não são suficientes para compensarem as fortes quedas na publicidade em papel.
No primeiro trimestre deste ano, o jornal registou um crescimento de 19% na publicidade digital, para 50 milhões de dólares, e recebeu mais 308 mil assinantes da edição online; em comparação, perdeu 18% em publicidade na edição em papel, o que se traduziu numa perda global de 7%.