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Clã Picciani tem cerco apertado pela Polícia Federal

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Texto de Maurício Nogueira

Certa ocasião, durante conversa em off, no cafezinho da Câmara, com um deputado federal do Rio de Janeiro e ex-peemedebista, a reportagem do Misto Brasília questionou-o sobre a hegemonia do clã Picciani na política em meio às muitas suspeitas de maus feitos em investigação pela Polícia Federal. Sabe o que respondeu o parlamentar? “O fim (da hegemonia) é uma questão de tempo.”

Com efeito, a previsão pode se cumprir agora. A Justiça Federal do Rio de Janeiro julga, nesta tarde,  e deve autorizar a prisão preventiva do presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Jorge Picciani (PMDB) e de outros dois deputados estaduais peemedebistas, nesta quinta-feira (16). O pedido do Ministério Público Federal (MPF) é analisado pelos desembargadores da 2ª Sessão Criminal do Tribunal Regional Federal (TRF-RJ).  

Durante a operação da Polícia Federal Cadeia Velha, deflagrada nesta semana, procuradores pediram o afastamento dos deputados estaduais, além da prisão preventiva. A acusação é de terem recebido propina, em esquema do serviço de transporte do Rio, o qual durou 30 anos.

Além disso, os parlamentares também teriam praticado crime de lavagem de dinheiro e organização criminosa. O deputado estadual, Paulo Melo, ex-presidente da Assembleia Legislativa teria recebido R$ 54 milhões de propina. Já o atual líder do governo na Alerj, Edson Albertasse é suspeito de receber R$ 3,7 milhões. Enquanto o atual presidente, Picciani teria sido contemplado nos últimos sete anos, cerca de R$ 76 milhões.

Todos os parlamentares são acusado ainda de articular, sob a batuta de Jorge Picciani, obstrução do trabalho do MPF e da Justiça.

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