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Perfil – João Amoêdo

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É do conhecimento geral que o mercado busca, para 2018, um candidato que defenda os interesses do setor. Um nome com esse perfil é o de João Dionísio Amoêdo, do Partido Novo. O pré-candidato está circulando há tempos para viabilizar-se politicamente no pleito que se aproxima.

Nascido no Rio de Janeiro em outubro de 1962, João Amoêdo é formado em engenharia civil e administração de empresas. No mercado financeiro, sua carreira decolou rapidamente e com sucesso. De trainee do Citibank a diretor do Finaustria (que pertencia ao grupo BBA-Creditansalt), logo ele ocupava uma vice-presidência do Unibanco. Depois, foi eleito membro do Conselho de Administração do Unibanco e, por último, tornou-se integrante do Conselho de Administração da João Fortes.

Amoêdo gosta de desafios. Triatleta, já derrotou um linfoma em 2010. O Partido Novo, do qual é um dos fundadores e chegou a presidir, é outro desses desafios.

Fundado em 2011 e com registro definitivo do TSE em 2015, o Novo sintetiza as ideias de Amoêdo. O programa defende as liberdades individuais e o livre mercado, para criar um ambiente de crescimento econômico. Liberalismo é a palavra-chave. Redução do Estado, autonomia do indivíduo e redução de impostos são os pilares. Isso é Amoêdo.

Não por acaso, ele atraiu para sua órbita o economista Gustavo Franco, um dos principais operadores do Plano Real durante o governo Fernando Henrique. Franco já trabalha no programa econômico do pré-candidato. Outros profissionais de perfil semelhante também estão aderindo ao Novo. Trata-se de um importante ativo político, sem dúvida.

O Novo ainda não tem cadeiras no Congresso Nacional e, desse modo, o ingresso de Amoêdo na disputa tem um caráter estratégico – será um puxador de votos para seus correligionários. O partido quer eleger cerca de 30 deputados federais no próximo ano. O desafio está posto.

As dificuldades para a candidatura serão muitas. Em primeiro lugar, o tempo de propaganda na televisão será reduzido. Além disso, Amoêdo, a exemplo de Henrique Meirelles, precisa se tornar conhecido junto aos estratos inferiores da sociedade – as classes C, D e E. Um discurso direcionado para esse público será fundamental para as pretensões do potencial candidato. Também será necessário um desempenho razoável nas pesquisas de intenção de voto, para dar musculatura política durante os duros momentos da campanha. Não serão tarefas fáceis.

Em suma, trata-se de um novo nome, com uma nova proposta, a ser apresentado ao eleitorado. Pode-se estar assistindo ao surgimento de um autêntico azarão na disputa. Ou, ao contrário, a proposta pode naufragar de saída. O tempo dirá.

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