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Perfil – Marina Silva

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Em toda eleição são apresentadas candidaturas de “estrelas” da vida nacional. Para o bem ou para o mal, esses nomes são apontados como referência em algum setor da atividade econômica e/ou social. Em 2018, Marina Silva (Rede), ambientalista reconhecida internacionalmente, tentará novamente a presidência da República.

Nascida em fevereiro de 1958 em Rio Branco (AC), Maria Osmarina Silva Vaz de Lima é graduada em História e professora. Marina, como é conhecida, iniciou sua carreira política na CUT. Em 1986, filiou-se ao PT, pelo qual elegeu-se vereadora em Rio Branco (1988), deputada estadual (1990) e senadora por dois mandatos (1994). Foi ministra do Meio Ambiente do governo Lula entre 2003 e 2008. Disputou ainda a presidência da República em 2010 (PV) e 2014 (PSB). Está no Rede desde 2015.

Pode-se dizer que a trajetória política de Marina tem início, de fato, ao lado do icônico ambientalista Chico Mendes, assassinado em 1988. Juntos, defenderam a Amazônia e causas específicas, como a dos seringueiros. Toda a base da ação posterior de Marina, no que diz respeito ao meio-ambiente, tem origem nesse período ao lado de Mendes.

A religião é outro ponto importante na formação da pré-candidata. Inicialmente católica e defensora da Teologia da Libertação, converteu-se à Igreja Evangélica. Desde então, circula com uma bíblia a tiracolo, o que gera críticas de desafetos e adversários.

À frente da pasta do Meio Ambiente, Marina colecionou adversários em diversos embates. Ela sempre reclamou que os interesses econômicos vinham à frente da questão da preservação ambiental. Com Dilma Rousseff, em especial, as relações sempre foram tensas. A ex-presidente, quando ministra tanto de Minas e Energia quanto da Casa Civil, criticava Marina por supostamente atrasar licenças ambientais para obras de infraestrutura estratégicas do governo Lula.

Na abertura das Olimpíadas de Londres, em 2012, porém, Marina se vingou. Ao lado de personalidades como Mohamed Ali e Ban Ki Moon, ela desfilou com a bandeira olímpica, diante de uma visivelmente constrangida presidente Dilma.

Marina também bateu de frente com diversos governadores e, após uma queda de braço em torno do Plano Amazônia Sustentável, cuja administração foi atribuída à Secretaria de Assuntos Estratégicos do Planalto, demitiu-se em maio de 2008.

Suas duas candidaturas presidenciais igualmente foram marcadas por polêmicas. O caso do PSB é emblemático. Ao assumir a cabeça de chapa após a morte de Eduardo Campos, teve diversos atritos com integrantes do partido. Agora, no Rede, o comando é totalmente dela.

Voluntariosa e de gênio forte, ela tem em sua saúde outra fragilidade. Desde criança sofre os efeitos do contato com mercúrio utilizado nos seringais. As marcas disso são visíveis a todos.

Apesar de tudo, a candidatura de Marina é irreversível. Mesmo com poucos recursos e também reduzido tempo de propaganda, ela irá até o fim da disputa. Seu grande ativo político segue intacto e será plenamente utilizado ao longo da campanha – Marina é a principal vitrine da causa ambiental no Brasil.

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