Continua a greve dos caminhoneiros e pelos números da Polícia Rodoviária Federal, os pontos de mobilização não diminuíram nas últimas horas, como esperava o governo e até mesmo as lideranças da categoria. Às 14 horas eram 556 pontos. Duas horas depois, segundo o relatório da PRF, eram 594. Mesmo assim, algumas entidades disseram que a desmobilização chegou a 70%. Apenas dois estados não há greve neste momento.
Em Brasília, há neste momento protestos de motoristas de aplicativos, de motoristas de micro ônibus e motoboys. Reclamam do preço do combustíveis, ratificando a pauta dos caminhoneiros. O grupo fez manifestações pela manhã por avenidas do Distrito Federal.
A desmobilização do protesto dos caminhoneiros está sendo dificultada em alguns lugares por militantes infiltrados que defendem a intervenção militar para derrubar o governo federal, disse nesta segunda-feira o presidente da Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), José da Fonseca Lopes.
“Tem um grupo forte de intervencionistas que está prendendo caminhão, são pessoas que querem derrubar o governo, eu não tenho nada a ver com essas pessoas, e nem os caminhoneiros”, disse Lopes.
A jornalistas, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse que o serviço de Inteligência do Brasil estava detectando infiltrações nos movimentos dos caminhoneiros e que estava recebendo informações dos próprios membros da categoria sobre a presença de grupos políticos contrários ao retorno dos motoristas às atividades, ele não detalhes sobre os grupos.
O presidente Michel Temer afirmou ter “absoluta convicção” de que a paralisação dos caminhoneiros será resolvida até terça-feira (29), após o pacote de medidas anunciado pelo governo no domingo para atender às principais demandas da categoria.