A proposta de reforma da Previdência do governo terá um tempo de transição maior que 12 anos, mas inferior aos 20 anos do texto enviado ao Congresso Nacional pelo ex-presidente Michel Temer, afirmou uma fonte a par das discussões nesta quinta-feira. A proposta do governo deverá ser conhecida na próxima semana, após a viagem do presidente Jair Bolsonaro a Davos.
A indicação, com isso, é que reforma será mais dura que a proposta pela administração anterior, buscando com isso um efeito fiscal mais forte. Segundo uma segunda fonte que participa das discussões sobre a proposta, a economia em 10 anos com o texto deve ficar por volta de R$ 1 trilhão, segundo informou a Reuters.
Originalmente, a proposta de Temer mirava um benefício fiscal de cerca de R$ 800 bilhões em uma década. Na última versão do texto após negociação com parlamentares, a economia em uma década caiu a R$ 480 bilhões.
Os ministros da Economia, Paulo Guedes, e da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, estiveram com o presidente Bolsonaro analisando os cenários para a Previdência e o tema da transição foi tratado no encontro.
Bolsonaro e Guedes participarão do Fórum Econômico Mundial, que acontece entre os dias 22 e 25 de janeiro em Davos, na Suíça. A ideia é que ambos usem a viagem para discutir o tema, para o presidente bater o martelo sobre a reforma na volta.