A Rússia prepara-se para ir à Lua em 2030, 61 anos depois de os Estados Unidos terem ganhado a corrida lunar à União Soviética, que tinha sido pioneira nas viagens espaciais.
A agência espacial norte-americana, a Nasa, planeja uma missão tripulada à Lua em 2024 como primeiro passo de um objetivo maior: chegar a Marte. Já a agência russa Roscosmos está desde 2009 à espera que esteja concluída uma nave espacial de nova geração chamada Federação, com capacidade para seis tripulantes, cujo primeiro voo está planeado para 2022.
O projeto da empresa estatal “Energia” tem sofrido sucessivos atrasos e o diretor-geral da Roscosmos, Dmitri Rogozin, admitiu na rede social Twitter que foi preciso “despedir indolentes” responsáveis por problemas de organização.
O cosmonauta Fiodor Iurshijin, com 60 anos e cinco voos espaciais no currículo, disse à agência Efe, que que a Lua é “a primeira estação nas viagens interplanetárias tripuladas do futuro” e assinalou que “é um corpo celeste suficientemente grande para ali desenvolver a tecnologia que permita aos seres humanos viver noutro planeta”. O cosmonauta considerou que a cooperação internacional é essencial para desenvolver a investigação, já que “nenhum país tem dinheiro para o conseguir isoladamente”.