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O filme da direita sobre o impeachment de Dilma

Documentário MBL impeachment

Manifestação violenta na frente do Congresso que antecede ao impeachment/Reprodução documentário

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O documentário “Não vai ter golpe” , do Movimento Brasil Livre (MBL), chega às telas dos computadores e conta na versão da direita todo o processo de impeachment da ex-presidente Dilma Roussef (PT). O filme de pouco mais de duas horas de duração mostra os bastidores e as manifestações populares. A exibição será em plataformas de streaming a partir quinta-feira no Net Now, iTunes, Google Play, Vivo Play e Looke.

Segundo os produtores, foram as pessoas que saíram às ruas que impediram o golpe de Estado. Na versão dos partidos de esquerda, incluído o PT, o impeachment foi um golpe contra as instituições democráticas.

O roteiro é dos diretores do filme, o ativista Alexandre Santos, conhecido como Salsicha. A reportagem do Misto Brasília, com o repórter Apolos Neto, entrevistou alguns desses personagens que você pode conferir em vídeo (Veja abaixo os vídeos). A pré-estreia aconteceu ontem (02) à noite num shopping de São Paulo.

A propagada pelo PT e seus aliados e turbinada por filmes como “Democracia em Vertigem”, da cineasta Petra Costa, e “O Processo”, de Maria Ramos, apresenta uma narrativa do golpe que ganhou eco na academia e na arena artística e cultural, no Brasil e no exterior, como se o processo legal não tivesse seguido todos os ritos institucionais, de acordo com as regras do jogo, segundo registro a IstoÉ.

Agora, três anos depois de o Senado Federal aprovar o impeachment um novo filme pretende mostrar o outro lado da história. “Não Vai Ter Golpe” mescla a trajetória do grupo e da garotada do MBL, sem qualquer experiência política, com as manifestações pelo impeachment, realizadas desde o fim de 2014, logo após as eleições, até a queda definitiva de Dilma, em 31 de agosto de 2016.

De acordo com reportagem do Estadão, o filme aponta para o futuro, ao trazer uma espécie de mea-culpa do MBL sobre a sua contribuição para a polarização política do País. A autocrítica reforça uma posição anunciada recentemente pelo grupo, de ampliar a aproximação com os canais políticos tradicionais e se afastar do presidente Jair Bolsonaro, de quem nunca foi muito próximo, apesar do apoio dado nas eleições.

Com a nova postura, o MBL se tornou alvo de ataques em série disparados por bolsonaristas nas redes sociais. As hostilidades chegaram às vias de fato durante uma manifestação em defesa do ministro Sergio Moro, da Lava Jato e da reforma da Previdência, realizada na Avenida Paulista, em São Paulo, em 30 de junho, quando um grupo de bolsonaristas agrediu integrantes do MBL.

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