Ícone do site Misto Brasil

DF registra a quarta menor taxa de mortes violentas no Brasil

Mãos violência doméstica Misto Brasília

A violência doméstica cresceu na pandemia e as mulheres precisam de apoio do Estado/Arquivo

Compartilhe:

O Distrito Federal foi uma das unidades da federação que mais tiveram queda no índice de mortes por habitantes. A taxa foi 16,6 mortes em 2018, de acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública. As estatísticas divulgadas hoje informa que as menores taxas ficaram também com São Paulo (9,5), Santa Catarina (13,3) e Minas Gerais (15,4). Acre, Pernambuco e Minas Gerais foram as unidades da federação que mais diminuíram essa taxa.

O Brasil registrou no ano passado 57.341 mortes violentas intencionais, uma redução de 10,4% na comparação com 2017, quando 64.021 perderam a vida dessa forma, segundo dados do Fórum.

Esse dado indica que houve uma interrupção do crescimento de mortes violentas dos dois anos anteriores. Apesar disso, o Brasil ainda registra um número de mortes violenta comparável a zonas de guerra.

O Fórum inclui na categoria mortes violentas intencionais a soma de homicídio doloso, latrocínio, lesão corporal seguida de morte e mortes decorrentes de intervenções policiais em serviço e fora.

Em outro fronte, houve um aumento de 4% nos feminicídios em 2018, para um total de 1.206 vítimas. Em 88,8% dos casos, o autor foi o companheiro ou ex-companheiro, 61% das vítimas eram negras e 70,7% das vítimas só tinham no máximo o ensino fundamental.

Os registro de violência sexual alcançou patamar recorde ano passado, com 66.041 registros. Ao todo, foram 180 estupros por dia, um crescimento de 4,1% na comparação com o ano anterior. O perfil das vítimas de violência sexual é o seguinte: 81,8% são do sexo feminino; 53,8% tinham até 13 anos; 50,9% eram negras. A cada hora, quatro meninas de até 13 anos foram estupradas.

Em 2018, os casos de lesão corporal dolosa decorrentes de violência doméstica ano passado somaram 263.067, um crescimento de 0,8% na comparação com 2017.

A taxa de mortes violentas intencionais por 100 mil habitantes no Brasil foi de 27,5%  ano passado, mesmo patamar de 2013. Em 2018, os estados que registraram as maiores taxas foram Roraima (66,6), Amapá (57,9), Rio Grande do Norte (55,4) e Pará (54,6) e, na outra ponta, as menores ficaram com São Paulo (9,5), Santa Catarina (13,3), Minas Gerais (15,4) e Distrito Federal (16,6) — Acre, Pernambuco e Minas Gerais foram as unidades da Federação que mais diminuíram essa taxa.

Ao todo, 11 a cada 100 mortes violentas intencionais (6.220 vítimas) foram provocadas pelas polícias em 2018, um crescimento de quase 20% em relação a 2017. Dentre as vítimas, 99,3% são homens, 77,9% entre 15 e 29 anos e 75,4% são negros.

O Brasil gastou R$ 91 bilhões no ano passado com o financiamento da política de segurança, 1,34% do PIB e uma elevação de 3,9% na comparação com 2017.

O maior gasto per capita por região em 2018 ficou com o Centro-Oeste, com R$ 463,71, e o menor, com o Nordeste, R$ 291,60.

Ao todo, o país tinha 726.354 pessoas presas ano passado — uma elevação de 212% no número de presos em relação ao ano de 2000, quando era cerca de 232 mil. O déficit de vagas aumentou: ano passado eram 432.242 vagas ante cerca de 135 mil em 2000.

Sair da versão mobile