A queda do secretário especial da Receita Federal, Marcos Cintra, pode sepultar de vez a intenção de integrantes da equipe econômica do governo de ressuscitar a CPMF. A avaliação é do deputado Rubens Bueno (Cidadania-PR) ao avaliar a demissão de Cintra nesta tarde. A demissão também encerra um atrito entre o demissionário secretário e o presidente da Cãmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
A demissão anunciada pelo Ministério da Economia ocorre em meio à polêmica em torno da proposta do governo de criar uma novo imposto sobre transações financeiras em sua reforma tributária.
O secretário adjunto da Receita Federal, Marcelo de Sousa Silva, havia anunciado que a intenção do governo era taxar em 0,40% os saques e depósitos em dinheiro e em 0,20% as operações de crédito e débito. “O episódio da queda de Cintra revela um verdadeiro bate-cabeça dentro do governo com relação a CPMF. Infelizmente vivemos um momento de falta de clareza com relação aos rumos da política econômica”, segundo o parlamentar.
Para o líder da bancada do PSL na Câmara, deputado Delegado Waldir (GO), “é uma decisão de governo. Só quem comanda é que pode decidir o que é melhor. Só me surpreenderia se tivesse alguém ‘imexível’ no governo”. O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) comentou que com a demissão “talvez se altere a ideia do governo de propor CPMF, ele era padrinho disso”, disse.