Os bombeiros, policiais civis e militares do Distrito Federal saíram frustrados de uma reunião hoje no Palácio do Planalto. O tema central era a aposentadoria das categorias, mas o reajuste salarial adiado há um ano tomou boa parte do debate, que teve a participação de representantes de outros estados e de parlamentares da bancada federal do DF.
A declaração do presidente Jair Bolsonaro (PSL), segundo a qual o reajuste deveria ser igual para a Civil e para a PM, animou os sindicalistas. No encontro com o ministro da Secretaria de Governo, general Luiz Eduardo Ramos, a conversa foi outra. O governo distrital encaminhou o pedido de recomposição salarial para os civis e deixou de lado as duas corporações militares.
Para que o reajuste atenda a todos, seria preciso aumentar o valor do Fundo Constitucional do DF, segundo disse esta tarde ao Misto Brasília o presidente da Câmara Legislativa, deputado Rafael Prudente (MDB) [assista o vídeo]. Essa hipótese é quase nula, já que a equipe econômica de Bolsonaro analisa até mesmo reduzir o valor repassado.
Já sobre a aposentadoria, as categorias querem que o texto do projeto de lei 1645/2019 seja modificado. Do jeito que foi encaminhado ao Congresso Nacional pelo governo federal, apenas as Forças Armadas são atendidas.
O coordenador da bancada federal, senador Izalci Lucas (PSDB-DF), afirmou que “nós temos que buscar um meio termo para resolver esse impasse. Vamos chegar a uma redação que atenda a todos”. Segundo o parlamentar, o governo Bolsonaro já sinalizou que há a intenção de chegar a um denominador comum.
Nesta sexta-feira (11), a bancada federal do DF faz uma nova rodada com os sindicalistas. Na reunião que começa às 10 horas, no plenário 19 do Senado Federal, o objetivo é apresentar uma redação que possa conciliar os interesses. O projeto de lei dispõe sobre o Estatuto dos Militares e está pronto para ser discutido na comissão especial da Câmara, mas teve vista conjunta de 11 deputados, incluindo a deputada Celina Leão (Progressista-DF), no dia 2 deste mês.