O governo do Chile decretou na noite desta sexta-feira (18) estado de emergência em Santiago, na tentativa de conter a escalada nos protestos, iniciados contra o aumento no preço do metrô e que mergulharam a capital no caos. O decreto dá a um militar apontado pelo presidente Sebastián Piñera a responsabilidade pela segurança na cidade e prevê restrições às liberdades de movimento e reunião durante 15 dias.
A radicalização dos protestos contra o aumento do preço do bilhete do metrô de Santiago gerou, na sexta-feira, um dia de caos, com incêndios em vários pontos da cidade, saques e destruição. A polícia não conseguiu conter os motins, e os bombeiros tiveram que combater incêndios em várias estações de metrô, ônibus urbanos, barricadas de rua e até na sede da companhia elétrica local.
“Diante dos ataques sérios e repetidos e contra as estações e instalações do metrô de Santiago, contra a ordem pública e a segurança pública, declarei estado de emergência nas províncias de Santiago e Chacabuco, e nos municípios de Puente Alto e San Bernardo, na região metropolitana”, afirmou o presidente chileno. Piñera apareceu diante da imprensa no Palácio de La Moneda, sede do governo, e explicou que o objetivo desta medida é voltar a recuperar a normalidade.