O Congresso Nacional abriu os trabalhos legislativos há pouco em sessão solene com a participação de poucos parlamentares em plenário. Muitos não acompanharam a solenidade aberta pelo presidente do Congresso, senador Davi Alcolumbre (DEM-AP).
A grande maioria não viu o discurso do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Tóffoli, ou do presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ). Ambos falaram que no ano passado o Judiciário e o Parlamento “foram muito produtivos”.
Também não ouviram o discurso do presidente Jair Bolsonaro, lido pela primeira secretária da Câmara, deputada Soraia Santos (PL-RJ), em que afirmou que 2020 será o ano do emprego. A mensagem foi entregue no Congresso pelo ministro-chefe da Casa Civil, deputado licenciado Onyx Lorenzoni (DEM-RS).
Talvez a ausência do presidente da República tenha sido o principal motivo que transformou a solenidade num ato insosso. O vice-presidente Hamilton Mourão também não compareceu. Ele esteve pela manhã na solenidade de reinício dos trabalhos do Judiciário, no STF.
Entre os 513 deputados ausentes, está José Wilson Santiago (PTB-PB), que foi afastado do cargo pelo Supremo Tribunal Federal. Santiago é investigado pela Operação Pés de Barro, que em dezembro desarticulou uma quadrilha responsável pelo superfaturamento das obras da “Adutora Capivara”, sistema que se estende do município de São José do Rio do Peixe ao município de Uiraúna, no Sertão da Paraíba.
O Senado Federal também começa o ano legislativo sem um dos 81 senadores. A juíza aposentada Selma Arruda, do Podemos do Mato Grosso, não volta mais à Câmara Alta. O seu mandado foi cassado em dezembro do ano passado por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A chapa foi acusada de prática de abuso de poder econômico e arrecadação ilícita de recursos nas Eleições Gerais de 2018.