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Melhora avaliação dos governadores e piora de Bolsonaro

Bolsonaro pronuncimento

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Em meio ao avanço da pandemia causada pelo novo coronavírus, a avaliação negativa do governo Jair Bolsonaro junto à população chegou ao seu maior patamar desde o início do mandato, ao passo que os governadores de todas as regiões do Brasil e o Congresso Nacional tiveram seus níveis de aprovação elevados. Os dados são da última pesquisa XP/Ipespe, divulgada nesta sexta-feira (3).

De acordo com o levantamento, realizado entre os dias 30 de março e 1º de abril com 1 mil entrevistados de todas as regiões do país, a avaliação negativa (“ruim” e “péssimo”) do governo Bolsonaro chegou a 42%, ante os 36% apresentado na edição anterior da pesquisa, realizada há duas semanas, escreve a jornalista Giovanna Sutto, do Infomoney.

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Já as avaliações positivas (“ótimo” e “bom”) oscilaram de forma descendente para 28%, dois pontos percentuais abaixo do registrado no levantamento anterior. Enquanto o grupo dos que avaliam a atual administração como “regular” também oscilou 31% para 27%. A margem máxima de erro da pesquisa é de 3,2 pontos percentuais para cima ou para baixo.

Na esfera estadual, a avaliação da administração dos governadores apresentou uma curva ascendente para 44%, 18 pontos percentuais acima da última pesquisa. Já a avaliação negativa diminuiu 12 pontos, para 15%.

O desempenho coincide com as respostas dadas até o momento ao avanço da pandemia do novo coronavírus. Chefes de governos estaduais optaram por medidas mais enfáticas, como o isolamento social – iniciativa defendida pelo próprio Ministério da Saúde e por organizações internacionais.

Para Richard Back, chefe de análise política da XP Investimentos, apesar da piora nos níveis de aprovação de Bolsonaro, o mandatário ainda possui um núcleo forte de apoio.

“O presidente tenta entender o que essa parcela de 30% quer ouvir. Pauta esse grupo e é pautado por ele. Considerando os dados da pesquisa da XP/Ipespe é improvável uma mudança na linha política dele nesse momento, ainda mais por esse núcleo de apoio sólido. Primeiro o discurso é para essa parcela e depois para o resto da população. É disso que ele precisa para chegar em 2022 vivo para a disputa”, diz.

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