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Ibaneis compara governo federal a uma “gaiola das loucas”

Governador Ibaneis Rocha DF Misto Brasília

Ibaneis é pré-candidato à reeleição ao governo do DF/Arquivo

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O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), classificou a equipe do governo no combate à pandemia do coronavírus a uma “gaiola das loucas”, numa referência ao filme ambientado numa boate gay lançado em 1978, na França. Ibaneis se referia à falta de sintonia entre o presidente Jair Bolsonaro e os ministros da Economia, Paulo Guedes, e da Saúde, Luiz Mandetta. A declaração foi feita ontem e reafirmada hoje.

O governador afirmou que Bolsonaro “diz uma coisa”, o Guedes outra e Mandetta e sua equipe não conversam com os secretários de saúde dos estados. Ibaneis Rocha reclamou da lentidão do repasse de recursos ao governo distrital para combater a pandemia. Segundo ele, a sua administração recebeu nos últimos 40 dias cerca de R$ 15 milhões.

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Para fazer frente às novas necessidades na área da saúde, Ibaneis disse que negociou com a bancada de deputados para realocar recursos de obras para a Secretaria de Saúde. O valor se aproxima de R$ 70 milhões. Numa “live” realizada no dia 25 de março, sete deputados federais afirmaram que as emendas da bancada foram destinadas à saúde. O grupo informou que o objetivo é permitir que o governo distrital tenha recursos para enfrentar a pandemia do novo coronavírus.

Numa entrevista publicada no domingo pelo CB, Ibaneis Rocha garante que se não tivesse tomado medidas restritivas logo no início da pandemia, “a situação no Distrito Federal tinha tudo para causar uma das maiores explosões de contaminação do Brasil, exatamente pelas condições sociais que temos na nossa cidade. “Se a cidade estivesse funcionando normalmente, teríamos aqui quase todos os prefeitos, deputados federais, senadores, todos eles indo e voltando para seus estados. Além de ser um problema muito grande para nós aqui do DF, estaríamos distribuindo isso para todo o Brasil, o que realmente seria um grande problema”.

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Nesta segunda-feira, o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Wanderson Kleber de Oliveira, disse ver o descumprimento, por parte da população, das restrições estipuladas pelo governo do DF. “É fato, eu sou um cidadão do DF e tenho visto que as pessoas estão saindo mais. Esperamos que as pessoas compreendam a necessidade do afastamento social. Isso é temporário, não é permanente. O governo do DF que é responsável pelas instruções à sociedade local.”

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