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Estudos sobre uso da maconha contra o Covid-19

Maconha uso medicinal Misto Brasília

Componentes químicos de variedades da maconha têm sido usados em tratamentos de algumas doenças/Arquivo

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Na busca por uma vacina ou medicamento contra o novo coronavírus (Covid-19), os cientistas trilham tanto os caminhos tradicionais quanto outros menos ortodoxos.

Eles já se ocuparam de candidatos existentes, como o Remdesivir, originalmente desenvolvido para o tratamento do ebola. Na Alemanha, transcorrem os primeiros testes clínicos de uma vacina da Covid-19, usando um produto criado para a imunologia do câncer. Um estudo francês indica que a nicotina – o alcaloide inalado durante a distração, frequentemente letal, do fumo – talvez proteja contra o novo vírus.

Em alguns estados americanos, lojas de cannabis puderam permanecer abertas durante a quarentena, exatamente como os supermercados e as padarias.  “Isso mostra o quanto a cannabis está enraizada na sociedade”, avalia Stephen Murphy, um analista do setor, sobre a decisão de alguns estados americanos de classificar a cannabis como um “produto essencial”.

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E agora parte do Canadá a informação de que determinados princípios ativos da maconha também podem ter um efeito análogo ao da nicotina, elevando a proteção das células contra o coronavírus. No entanto o estudo ainda não foi submetido a avaliação independente por outros pesquisadores (peer review), que constitui uma espécie de selo de qualidade nos meios científicos.

Segundo revelou à DW Igor Kovalchuck, professor de ciências biológicas da Universidade de Lethbridge, os resultados relativos à Covid-19 se originam em pesquisas sobre a artrite, Morbus Crohn, câncer e outras enfermidades. Em artigo no site Preprints.org, ele e sua equipe sugerem que alguns componentes químicos da uma variedade especialmente desenvolvida de cânabis reduziriam a capacidade do vírus de chegar até as células pulmonares, onde se instala, reproduz e propaga.

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Para ocupar uma célula hospedeira humana, o Sars-cov-2 necessita um receptor, a enzima conversora da angiotensina 2 (ECA2), que se encontra no tecido pulmonar, na mucosa bucal e nasal, nos rins, testículos e trato digestivo. Sem essa enzima, o patógeno não tem como penetrar.

A teoria de Kovalchuck é que canabinoides modificariam os níveis de ECA2 nesses “portais”, tornando o hospedeiro humano menos vulnerável ao vírus e essencialmente reduzindo o risco de infecção.

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