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Coronel seria o chefe do serviço de inteligência paralelo de Bolsonaro

Reunião ministerial 22 de abril

Detalhe da reunião ministerial realizada no dia 22 de abril/Arquivo/Reprodução vídeo

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No vídeo da reunião dos ministros do dia 22 de abril, o presidente Jair Bolsonaro reclama que não tem informações de inteligência confiável e que o único que funcionava era “o meu particular”. A declaração chamou a atenção e suspeitas surgiram de que o presidente tinha um sistema paralelo de informações, o que seria uma afronta à legalidade.

Na edição desta sexta-feira da revista Veja, a informação é de que este serviço existe e está a pouca distância do gabinete do presidente no terceiro andar do Palácio do Planalto. O chefe desse pequeno grupo de três pessoas é, segundo a revista, o coronel do Exército Marcelo Câmara, 50 anos. Ele foi nomeado para o cargo de assessor especial em meados de março do ano passado.

A reportagem indica que Câmara faz pente fino sobre aliados e adversários e graças ao seu trabalho, conseguiu livrar Bolsonaro de escândalos de corrupção e de constrangimentos. Um desses casos, seria a suspensão de um almoço num restaurante em Manaus, que teria como donos pessoas ligadas ao narcotráfico.

Em outro, Bolsonaro conseguiu se antecipar a uma operação da Polícia Federal nos Correios. Estaria sendo criado um esquema com uma empresa para absorver os serviços da estatal. Antes da operação, Bolsonaro demitiu um general que estava na presidência dos Correios e mais três diretores. Marcelo Câmara é também segundo tesoureiro do futuro partido Aliança pelo Brasil. Mas nem a advogado do presidente Karina Kufa, que dirige a agremiação, sabe direito o que o coronal faz.

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