Os chilenos votaram neste domingo (25) por ampla maioria a favor de uma nova Constituição para substituir a herdada da era do ditador Augusto Pinochet, segundo o resultado oficial do plebiscito. De acordo com os resultados de mais de 99% das urnas, 78,28% votaram a favor de uma nova Constituição, e 21,72%, contra. A taxa de participação foi de cerca de 50%, comunicou a autoridade eleitoral.
Aos 14,7 milhões de eleitores foi pedido que respondessem a duas perguntas: “Querem uma nova Constituição?” e “Que órgão deve redigir a nova Constituição?”. Devido à pandemia do novo coronavírus, que atingiu duramente o Chile, os eleitores formaram longas filas durante todo o dia em frente aos locais de votação, cumprindo as medidas de distanciamento físico.
Segundo os resultados oficiais, a opção de uma “Convenção Constituinte” composta por cidadãos ganhou 79% dos votos, contra 21% para uma “Convenção mista”, composta por cidadãos e parlamentares já eleitos. A Constituinte terá paridade entre homens e mulheres e será eleita em abril de 2021.
O presidente Sebastian Piñera pediu unidade ao país na elaboração da nova Constituição, num discurso transmitido pela televisão. “Até agora, a Constituição tem nos dividido. A partir de agora, devemos todos trabalhar em conjunto para que a nova Constituição seja uma área de unidade, estabilidade e futuro”, disse.
“Hoje, a cidadania e a democracia triunfaram. Hoje, a unidade prevaleceu sobre a divisão, e a paz, sobre a violência. E este é um triunfo de todos os chilenos que amam a democracia, a unidade e a paz. E sem dúvida, este triunfo da democracia deve nos encher de alegria e esperança”, completou o presidente. (Da DW)