O Distrito Federal poderá fabricar a vacina Sputnik V através da farmacêutica União Química. Comunicado da empresa diz que a fabricação do imunizante contra a Covid-19 pode acontecer ainda em janeiro. A unidade no DF atende o mercado nacional e internacional e tem cerca de 1,1 mil trabalhadores.
No sábado (09), uma comitiva da farmacêutica União Química embarcou para a Rússia para validar o processo de fabricação da vacina russa contra a Covid-19 no Brasil. O presidente da companhia brasileira, Fernando Marques, e integrantes da área industrial da empresa farão uma série de encontros com o Instituto Gamaleya para Pesquisa em Epidemiologia e Microbiologia, que desenvolveu a vacina, e com o Fundo de Investimentos Diretos da Rússia (RDIF), que financia a produção da Sputnik V.
A companhia pretende começar a produção ainda neste mês, por intermédio dessa transferência de tecnologia, nas unidades da farmacêutica em Brasília e em Guarulhos, na Grande São Paulo, segundo a CNN Brasil. A ideia da União Química é que a produção da vacina aconteça paralelamente à realização da fase 3 de testes clínicos no Brasil.
Questionado pela reportagem do G1 e TV Globo sobre o processo de produção da Sputnik V no Brasil, o Ministério da Saúde informou que, atualmente, a pasta acompanha o estudo de 212 vacinas no mundo, sendo 48 em estudos clínicos e 164 em estudos pré-clínicos.
A Agência de Vigilância Sanitária respondeu que “até o momento, a União Química não enviou as informações para a Anvisa. O status atual do pedido é ‘aguardando o envio das informações solicitadas na exigência técnica’ “, diz trecho do comunicado.
De acordo com o site da União Química, a unidade na capital federal é dedicada à fabricação de medicamentos humanos não estéreis, com destaque para os seguintes produtos/formas farmacêuticas: Semissólidos: cremes, pomadas, géis; Líquidos: soluções orais, suspensões orais, gotas orais, líquidos inalatórios e soluções de uso tópico; Sólidos orais: comprimidos, comprimidos revestidos, drágeas, cápsulas e pós; Cápsula mole; Efervescentes: comprimidos efervescentes e grânulos efervescentes; Probióticos: pós, comprimidos e cápsulas.
Hoje, a companhia tem capacidade para produzir 8 milhões de doses por mês neste primeiro trimestre de 2021. Atualmente, cada dose da Sputnik V custa US$ 10 dólares (cerca de R$ 60), mas a União Química acredita ter capacidade para chegar a US$ 5 por dose. A imunização com a vacina russa também tem que ser feita em duas doses, com um intervalo de 21 dias.