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Portugal e Brasil descartam voos de repatriamento

Avião TAP

A companhia aérea portuguesa anunciou voo para Manaus/Arquivo/Divulgação

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A suspensão de voos entre Portugal e Brasil, por causa da nova variante de Covid-19, que entrou em vigor a 29 de Janeiro e vai durar pelo menos até 14 de fevereiro  – podendo ser prolongada –, interrompeu os planos a centenas de pessoas, mas nem o governo português nem o brasileiro estão criando soluções para equacionar os voos de repatriamento.

Há já uma petição pública, intitulada “Retorno de cidadãos portugueses e de residentes em Portugal retidos no estrangeiro”, dirigida ao governo português e que reuniu até agora 229 assinaturas. Com origem no Brasil, a petição pede ao executivo que “ajude os cidadãos portugueses e os estrangeiros residentes em Portugal a regressar a Portugal”, de acordo com o site do Público.

“Muitas destas pessoas retidas fora do seu país natal ou de residência estão com problemas em manter alojamento e outras despesas básicas nos países onde se encontram retidos. Muitas famílias estão separadas, muitas pessoas anseiam voltar a casa e rever os seus cônjuges, filhos e familiares próximos. Muitas destas pessoas precisam de voltar, mesmo que de forma online, aos seus trabalhos e às suas escolas em Portugal”, lê-se na petição.

As autoridades oficiais, refere a petição, estão a aconselhar a compra de novas viagens de regresso através de outros países. “Essa solução implica riscos acrescidos em termos de pandemia, não está disponível para todos os bolsos, para além de que cada vez mais países têm vindo a instaurar restrições na circulação aérea”, sublinha-se.

Em paralelo, a página de Facebook do Consulado Geral do Brasil em Lisboa está repleta de mensagens de cidadãos brasileiros afetados pela suspensão dos voos, com relatos de pessoas que estão sem emprego, que já tiraram os filhos das escolas e que tinham saído da casa onde viviam.

Questionada sobre se estava planeado alguma medida para trazer os passageiros para Portugal, fonte oficial do Ministério dos Negócios Estrangeiros afirmou ao site do Público que “atualmente não está previsto ou autorizado qualquer voo de natureza humanitária com origem no Brasil e destino para Portugal para efeitos de repatriamento de cidadãos nacionais”.

Até aqui, as recomendações às pessoas afetadas por esta situação passam por entrar em contato direto com as companhias aéreas, de modo a procurar “possibilidades alternativas de rota de retorno ao Brasil a partir do espaço Schengen ou a remarcação de seus bilhetes aéreos para datas posteriores”.

O executivo brasileiro sugere ainda que os passageiros “acompanhem eventuais atualizações a serem publicadas no site e páginas nas redes sociais dos consulados brasileiros em Portugal, conforme novos cenários se apresentem.

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