No mesmo dia que assumiu o Ministério da Justiça e da Segurança Pública, o delegado Anderson Torres, anunciou que vai trocar os chefes da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal. Os dois assumiram em maio do ano passado, após a ruidosa saída do ex-juiz Sérgio Moro do ministério. Além de Torres, outros cinco ministros assumiram hoje.
A transmissão do cargo não teve a participação da imprensa e nem foi transmitido pela internet. Torres é o terceiro ministro da Justiça do governo Jair Bolsonaro.
O delegado Rolando Alexandre deve ser trocado logo do cargo de diretor da PF. As especulações recaem sobre os superintendentes no Distrito Federal, Márcio Nunes de Oliveira, e de Minas Gerais, Cairo Duarte, além do diretor do Detran do Paraná, Wagner Mesquita de Oliveira. Os três são delegados classe especial e da ativa, condição para assumir o cargo, segundo confirmou o SBTNwes.
Para a substituição do atual diretor-geral da PRF, Eduardo Aggio, ainda não foram mencionados nomes. Os cargos são visados pelo próprio presidente, que deseja adequar as corporações policiais à sua política e gestão pessoal. Tanto a PRF e a PF foram temas de discussões e, especialmente na Polícia Federal, há também um forte ingrediente de divisões internas. Rolando Alexandre deverá ser adido policial no exterior. Esta será a quarta mudança da direção-geral da PF.
Torres já participa de várias reuniões internas para definição dos substitutos, cujos nomes serão submetidos ao presidente. Hoje pela manhã, Bolsonaro falou que as mudanças nas corporações são naturais. “É o objetivo para o qual você traçou”, falou ao novo ministro.