Depois de quatro dias de marchas, na noite de sábado o presidente da Colômbia Iván Duque destacou que embora tenham ocorrido manifestações em diferentes partes do país, que mostram o reflexo de uma democracia que se mobiliza pacificamente, não há mais atos de vandalismo, por isso autorizou o uso de assistência militar para cidades que necessitassem do apoio, informou o La República. Atualizado às 18h02
Em seu discurso destacou que buscando restringir, de fato, a destruição do patrimônio público e privado, é que “a figura do socorro militar continuará em vigor nos centros urbanos onde haja alto risco à integridade dos cidadãos e onde é necessário empregar toda a capacidade do estado para proteger a população”.
Após o anúncio do presidente Duque sobre a assistência militar em alguns centros urbanos, a prefeita de Bogotá, Claudia López, e o prefeito de Medellín, Daniel Quintero, se manifestaram contra a medida.
Por meio de sua conta no Twitter, Quintero afirmou que “Medellín não solicitará assistência militar adicional no âmbito das atuais mobilizações”. Por sua vez, a prefeita López apresentou um balanço do dia de manifestações. O prefeito de Cali, Jorge Iván Ospina, destacou “mais do que militarizar a sociedade, é preciso retirar a reforma tributária e abrir um grande diálogo nacional”.
No final da tarde deste domingo (02), o presidente pediu ao Congresso que retire o projeto de Solidariedade Sustentável e trate um novo, resultado de consenso e que evita incertezas financeiras.
Em nota, na Casa de Nariño, o presidente expressou que a reforma não é um capricho, mas uma necessidade para garantir a continuidade de programas sociais, incluindo Renda Solidária, que hoje favorece mais de 3,4 milhões de famílias; o de Educação Universitária gratuita para jovens dos estratos 1, 2 e 3, que hoje beneficiam cerca de 700 mil alunos, e o Programa de Apoio ao Emprego Formal (PAEF) que tem beneficiado quase 3,5 milhões de trabalhadores.