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Deputado Miranda e o irmão vão depor na sexta-feira na CPI da Covid

Jair Bolsonaro presidente Brasil

Também o uso do ar condicionado foi tema da declaração presidencial/Arquivo/PR

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Ele disse que alertou o presidente Bolsonaro de uma suposta compra suspeita de imunizantes Covaxin pelo Ministério da Saúde

O deputado pelo Democratas do Distrito Federal, Luís Miranda, vai depor na sexta-feira à tarde na CPI da Covid do Senado Federal. Ele foi convidado a explicar sobre as suspeitas de irregularidades envolvendo a compra da vacina indiana Covaxin pelo Ministério da Saúde. O contrato é alvo da Procuradoria e da CPI.

Bolsonaro é da base do governo e sempre esteve na defesa do presidente da República. Pelo que se informou hoje, o presidente da Câmara dos Deputados, deputado Arthur Lira (PP-AL), aconselhou Luís Miranda a fazer a denúncia na Imprensa.

Miranda disse que avisou o presidente Jair Bolsonatro (sem partido) sobre supostas irregularidades no contrato entre o Ministério da Saúde e a empresa. O irmão do deputado, Luis Ricardo Fernandes Miranda, é chefe da divisão de importação do Ministério da Saúde.

Em depoimento ao Ministério Público Federal (MPF), o servidor relatou que houve uma pressão atípica da cúpula da pasta para liberar a importação da Covaxin. Os dois irmãos serão ouvidos pela CPI da Pandemia nesta sexta-feira, 25 de junho.

Há pouco, Luís Miranda escreveu em seu microblog do Twitter que “sexta-feira o Brasil saberá a verdade e os documentos falam por si só… se ficarmos calados, já será suficiente para todos os brasileiros se revoltarem e ainda entender quem está atrasando o Brasil!!”.

Mais cedo, o ministro da Secretaria-Geral do Palácio do Planalto, Onix Lorenzoni, rebateu as entrevistas do deputado ao longo do dia. Veja o vídeo logo abaixo.

Segundo Miranda, Bolsonaro então prometeu levar o caso à Polícia Federal (PF), porque teria entendido a “gravidade” da denúncia. Miranda disse, contudo, não ter recebido qualquer retorno do presidente ou da PF. Aliado do governo, ele também evitou afirmar se Bolsonaro agiu de má-fé. “Levei [as suspeitas] para ele porque confio nele. Espero que ele tenha feito alguma coisa.”

O encontro em 20 de março, um sábado, não consta na agenda oficial do presidente. No mesmo dia, Miranda publicou no Instagram uma foto ao lado de Bolsonaro afirmando que os dois “trataram dos assuntos que são importantes para o Brasil”, sem mencionar temas ligados à pandemia.

Nesta quarta-feira, a cúpula da CPI da Pandemia afirmou ter acionado a Polícia Federal para saber se Bolsonaro levou o caso à corporação para ser investigado.

“Acabei de pedir para o delegado da PF que peça ao diretor-geral para saber se houve inquérito para investigar essa questão da Covaxin. Se o presidente foi avisado pelo servidor e tomou providências, ótimo. Se não tomou, é preocupante”, disse o presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM).

Em entrevista ao jornal O Globo, o ex-diretor da PF Rolando Alexandre de Souza afirmou que não lembra se Bolsonaro lhe pediu uma investigação sobre a compra da vacina indiana. A Polícia Federal, por sua vez, disse que não faz comentários sobre possíveis investigações.

https://twitter.com/i/status/1407831022809628674

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