Entre os deputados que assinaram o documento estão Joice Hasselmann, que já foi líder do governo
Texto de Genésio Araújo
Um grupo de 46 personalidades e representantes de entidades e partidos políticos apresentaram hoje (30) o que foi chamado de “superpedido de impeachment” contra o presidente Jair Bolsonaro. O ato foi realizado no Salão Negro do Congresso Nacional. O grupo acusa o presidente de suposto crime de responsabilidade.
Até hoje, há 125 pedidos de impedimento contra o chefe de Governo e Estado na mesa do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). Esses pedidos se caracterizam por manifestações de oposicionistas de diversas tendências, mas em nenhum momento grupos conservadores e centristas se uniram à esquerda como se viu no ato desta quarta-feira.
Assinam o pedido de hoje o deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP), fundador do MBL, que esteve à frente do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, a deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), que chegou a ser líder do Governo Bolsonaro na Câmara dos Deputados, o deputado Alexandre Frota (PSDB-SP), que estava no PSL e era muito próximo ao presidente da República. Agora na bancada do PSDB, foi o único tucano a assinar o documento.
Entre os centristas, chama atenção a assinatura do presidente nacional do Cidadania, Roberto Freire, que defendeu o impeachment de Dilma Rousseff. É um defensor da Operação Lava Jato.
“Aos bolsonaristas de plantão: não se preocupem, não sou como vocês. Me juntei para aprovar o impeachment do seu chefe, não para votar PEC da impunidade como seus depugados favoritos”, disse Kataguiri em sua conta no Twitter.
O MBL deu apoio a Kataguiri. “Coerência e independência é isso. Lutar pelo que é certo SEMPRE. Sem nojinho de fazer a BOA política. Sem covardia de ir para a batalha. Vamos pra cima. Avante, super pedido de impeachment. Avante, Kim Kataguiri!”, disse o movimento no Twitter.
(Genésio Araújo trabalha na Agência Política Real)