O ajuste foi necessário para enfrentar os problemas financeiros e manter o emprego dos trabalhadores
A pandemia exigiu do comércio uma nova maneira de encarar os negócios e não foi diferente para as cooperativas no Distrito Federal. Em muitos casos, a necessidade de dinheiro para manter o negócio fez parte do “novo”, como na Recicle a vida, que possui 70 cooperados. Dados do Sistema de Cooperativas de 2020, indicam que no DF há 77 cooperativas com 2,2 mil empregados (veja quadro abaixo).
Por quase três meses a coleta seletiva foi suspensa em 15 cidades. O impacto foi enorme, lembra o presidente da Recicle a Vida e da Rede Alternativa, Cleusimar Andrade. “Ficávamos nos perguntando: como é que a gente vai pagar esse povo, de onde vai sair o dinheiro? Fomos então no Sicoob e pegamos empréstimo, com carência. Seguramos um na mão do outro para poder sobreviver”.
Depois desse período, a coleta seletiva foi retomada e a Recicle a Vida adotou medidas de segurança para proteger os cooperados. “Afastamos as pessoas de maior idade e as que têm comorbidades e passamos a trabalhar com turmas, em turnos alternados”, explica Cleusimar.
Outra cooperativa que precisou agir rápido para prestar apoio aos cooperados foi a Coopersystem, que desde 1998 presta serviços especializados nas mais diversas áreas da Tecnologia da Informação.
“Conseguimos colocar os quase 300 cooperados em regime de home office, a partir da decisão de isolamento, em março de 2020. Todos eles, com notebook, conexão com os ambientes de desenvolvimento, internet e outros recursos necessários à realização de suas tarefas. E as reuniões diárias passaram a ser realizadas por videoconferência. Além disso, a Coopersystem criou subsídios e benefícios para os cooperados, para suporte ao trabalho remoto”, relata a diretora de Relacionamento e Negócios, Elza Cançado.
