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Transporte foi o principal fator do aumento da inflação no DF

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Novo reajuste dos combustíveis deve impactar nas tarifas de ônibus/Arquivo

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O índice de quase 1% foi o maior incremento para o mês de referência desde 2002

Os preços variaram 0,90% no Distrito Federal em julho de 2021, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). O maior incremento para o mês de referência desde 2002, quando teve alta de 1,07%, de acordo com os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).

Destaca-se a contribuição positiva do grupo de transportes, cuja variação de +1,98% elevou em 0,46 ponto percentual (p.p.) o IPCA do mês. Isso se deve ao aumento no preço dos combustíveis (+2,65% e +0,24 p.p.) que, por sua vez, reflete a alta da gasolina (+2,71% e 0,23 p.p.), em função da elevação da cotação do barril do petróleo e da desvalorização cambial, e na passagem aérea (+26,30% e 0,13 p.p.), devido, entre outros fatores, à influência sazonal do mês.



O grupo de habitação acresceu 0,22 p.p. ao índice geral, por causa do reajuste no valor da bandeira tarifária vermelha de patamar 2 de R$ 6,24 para R$ 9,49 a cada 100 quilowatts-hora (kWh), implicando em alta da energia elétrica residencial (+6,68% e +0,17 p.p.). Saúde e cuidados pessoais (-0,81% e -0,12 p.p) e comunicação (-0,06% e 0,00 p.p.) foram os únicos grupos a apresentar variação negativa no mês de referência.

A pesquisadora Jéssica Milker, da Diretoria de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas da Codeplan, informa que “o resultado de julho revela que a trajetória ascendente da inflação na capital federal não está cedendo mesmo diante dos esforços do Banco Central em desestimular o consumo e os investimentos por meio da elevação da taxa Selic. É possível que esse comportamento esteja associado a fatores externos, como a escalada na cotação de produtos agrícolas, metálicas e energéticas”, informou a Agência Brasília.


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