Movimento foi ampliado depois que a Polícia Civil fez uma operação para investigar superfaturamentos
Deputados distritais de vários partidos reforçaram ontem (17) o pedido de abertura de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o Instituto de Gestão Estratégica em Saúde do Distrito Federal (Iges-DF). A base do governo na Câmara Legislativa não se pronunciou. A dívida oficial do instituto é de R$ 370 milhões.
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A deputada Arlete Sampaio (PT) disse que “mais uma vez, fomos surpreendidos com uma operação dirigida ao Iges-DF”. Ela se referiu à ação policial realizada ontem para apurar o superfaturamento na contratação de leitos de UTIs, processo conduzido pelo Iges-DF.
O deputado Leandro Grass (Rede), autor do requerimento para a criação da comissão, considerou “lamentável” que a saúde do DF frequente as páginas policiais. “Este é um governo genocida”, declarou, chamando a atenção para um dado da investigação que aponta, como consequência dos desvios de recursos, para altas taxas de mortalidade nesses leitos de UTI.
A deputada Júlia Lucy (Novo) também ratificou a urgência da CPI e informou que poderá entrar com um mandado de segurança para garantir a instalação da Comissão de Inquérito na CLDF. O deputado Chico Vigilante (PT) pediu apoio dos colegas para votar a favor de proposição de sua autoria que trata da extinção do instituto.
O deputado Professor Reginaldo Veras (PDT) pediu que a Secretaria de Saúde inicie um planejamento tendo com fim a devolução das estruturas geridas pelo Iges-DF. “É um poço sem fundo”. Para ele, o Iges-DF vai “colapsar” e sobrará para a secretaria toda a “massa falida”. Houve também manifestações de Fábio Félix (PSol), João Cardoso (Avante), Roosevelt Vilela (PSB) e do deputado Eduardo Pedrosa (PTC).
