Bancos cortam projeções de crescimento após divulgação do PIB

Henrique Meirelles secretário da Fazenda São Paulo
Henrique Meirelles foi ministro e secretário da Fazenda/Arquivo
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Henrique Meirelles lamenta os seguidos sinais de instabilidade fiscal e política que o governo dá ao mercado

Após um começo de ano que surpreendeu positivamente os economistas, o segundo trimestre foi decepcionante para a atividade econômica. O Produto Interno Bruto (PIB) divulgado nesta quarta-feira (1) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) registrou variação negativa de 0,1% na comparação com os três primeiros meses do ano, ante estimativa de crescimento de 0,2% na base trimestral.

Além disso, apesar de haver uma expectativa positiva do mercado em geral para a segunda metade de 2021 com a aceleração da vacinação e a reabertura da economia por aqui, fatores de risco (alguns já sentidos no segundo trimestre) são monitorados de perto, levando inclusive a novas revisões para baixo por bancos., segundo informou o Infomoney.



O Credit Suisse já cortou suas projeções de crescimento econômico do Brasil para este ano e o próximo, na esteira de dados piores do que o esperado sobre a atividade no segundo trimestre de 2021, e citou a crise hídrica como o principal risco para seu cenário.  O banco espera agora que o PIB brasileiro cresça 5,3% neste ano, ante estimativa anterior de alta de 5,5%. Para 2022, a projeção passou de 2% de alta para 1,5%.

Gustavo Cruz, estrategista da RB Investimentos, aponta estar mais otimista olhando para a frente. Ele avalia que o PIB decepcionou um pouco os investidores, mas lembra que a projeção do PIB para o ano registrou diversas revisões para cima desde que foi divulgado o dado do primeiro trimestre.



O ex-ministro da Fazenda e atual secretário da Fazenda de São Paulo, Henrique Meirelles, observou que enquanto a economia do país recuou no 2o trimestre do ano, em São Paulo “conseguimos crescer 0,5%, mesmo em meio ao período de piora na evolução da pandemia. No primeiro trimestre, crescemos 1,9%, contra 1,2% do Brasil. Fazer o dever de casa traz resultados”.

“O problema é que ela também se deve à resistente desvalorização do Real, que, por sua vez, é motivada pelos seguidos sinais de instabilidade fiscal e política que o governo dá ao mercado”.


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