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Famílias pagaram mais caro pelas taxas de juros em agosto

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Os juros também cresceram nos cheques especiais/Arquivo

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Também influenciaram o crescimento de juros para as famílias as taxas do cheque especial

Texto de Andreia Verdélio

As famílias e as empresas pagaram taxas de juros mais altas em agosto, de acordo com as Estatísticas Monetárias e de Crédito divulgadas hoje (27), pelo Banco Central (BC). A taxa média de juros para pessoas físicas no crédito livre chegou a 40,9% ao ano, aumento de 1,1 ponto percentual em relação a julho e de 1,8 ponto percentual em 12 meses. Nas contratações com empresas, a taxa livre cresceu 0,7 ponto percentual no mês e 3,9 ponto percentual em 12 meses, alcançando 16,2% ao ano.

Para as pessoas físicas, o destaque foi para o cartão de crédito rotativo, que teve alta de 4,6 ponto percentual no mês, alcançando 336,1% ao ano. O rotativo é o crédito tomado pelo consumidor quando paga menos que o valor integral da fatura do cartão e dura 30 dias. Após o prazo, as instituições financeiras parcelam a dívida. Nesse caso, no cartão parcelado, os juros ficaram estáveis no mês, em 163,7% ao ano.



Também influenciaram o crescimento de juros para as famílias as taxas do cheque especial, que teve alta de 0,9 ponto percentual (124,9% ao ano), de financiamento para aquisição de veículos, alta de 0,8 ponto percentual (22,7% ao ano), e o crédito pessoal não consignado, que registrou aumento de 0,7 ponto percentual (80,2% ao ano). Os juros do crédito pessoal consignado também subiram 0,1 ponto percentual no mês para 18,9% ao ano.

No crédito livre às empresas, houve incrementos na maioria das modalidades, especialmente em capital de giro, alta de 0,6 ponto percentual, para 16,2% ao ano; financiamento a exportações, aumento de 1,2 ponto percentual, chegando a 11,6% ao ano; e modalidades de crédito rotativo, que registraram alta de 10,8 pontos percentuais, alcançando 218,7% ao ano. O financiamento a importações também teve aumento de 7,8 ponto percentual, para 10% ao ano.


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