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Um passeio pela história com a série portuguesa “Gloria”

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Série portuguesa é a estreia na plataforma de streaming/Divulgação/Netflix

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A estreia na Netflix prova que os gajos também sabem viajar pelo thriller da espionagem

“Glória” é uma série portuguesa que carrega no nome uma relação com aldeia do Ribatejo, que na Guerra Fria teria desempenhado um importante papel durante a ditadura Salazar. O roteio desta interessante produção envolve uma história ainda pouco explorada pelos próprios portugueses.

Aqui no Brasil, a verdade seja dita, poucos ouviram falar da Rádio American Retransmission, a Raret. O complexo de antenas estava direcionado ao bloco comunista liderado pela Rússia. Agentes da Agência Central de Inteligência, a Cia, estavam plantados dentro desse complexo.



Davam as cartas num acordo bastante peculiar com o governo do professor de Economia Política, Antonio de Oliveira Salazar. Para efeito aqui da história, Salazar morreu em junho de 1970, no Palacete de São Bento, em Lisboa, depois de promover um governo ditatorial e com uma polícia política extremamente violenta.

O chamado Estado Novo é retratado na série recortada nos anos de 1968. O personagem principal é filho de um ministro ganancioso, que pretendia assumir a presidência do Conselho de Ministros, que na prática mandava no país.

O engenheiro pede para trabalhar na Raret, mas esconde um detalhe importante, facilitado pelas suas relações. É um agente comunista que se envolve em intrigas com mortes e torturas. Para completar, dá pitadas sobre as colônias da África, em guerra contra Portugal.



Gloria” é um ótimo motivo para esticar as pernas no sofá neste final de semana e no feriado próximo do dia 30. Percebe-se que a produção ficcional da RTP e SPi é cativante. A estreia da primeira série portuguesa na Netflix também mostra que os gajos também sabem fazer um ótimo thriller de espionagem.

E como falamos em final de semana, outra sugestão é a série “Borgen”. A produção dinamarquesa viaja pela política, com a eleição de uma primeira-ministra.

Aqui, como no reino da Dinamarca, a política tem lá suas jogadas e muitas vezes o apoio também está relacionado à destinação de recursos e obras. Nada muito diferente do que se vive por aqui. Bom, mas Dinamarca é a Dinamarca.


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