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Atualizar vacinas contra a variante ômicron levará meses

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A vacinação deve continuar contra a Covid-19/Arquivo

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Especialista disse ser plenamente possível que uma nova vacina seja necessária contra a nova variante

O diretor da Comissão Permanente de Vacinação da Alemanha (Stiko), Thomas Mertens, disse em entrevista publicada que levará “meses” para que novas vacinas contra a variante ômicron do coronavírus Sars-Cov-2 estejam disponíveis.

Até o momento, 40 países já registraram casos da variante ômicron, incluindo Brasil, Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, França, Espanha, Portugal, China, Índia e África do Sul.



Ele também afirmou ser plenamente possível que uma nova vacina seja necessária contra a nova variante. “A ômicron tem muitas mudanças na proteína spike, o que pode tornar mais difícil para os anticorpos combaterem o vírus”, disse ao jornal Rheinische Post.

“É provável que os fabricantes precisem de três a seis meses no laboratório. Isso não é simples, eles têm que criar uma vacina que funcione contra a ômicron e a delta, porque a delta ainda está muito disseminada”, afirmou.

Apesar do possível desenvolvimento de novas versões da vacina, Mertens estimulou as pessoas a tomarem doses de reforço dos imunizantes atualmente disponíveis. “As doses de reforço definitivamente valem a pena. A luta contra a variante delta continua”, disse. “E não haveria problema em ser revacinado alguns meses após receber a dose de reforço para se proteger contra a ômicron, se for necessário.”




O presidente da farmacêutica alemã BioNTech, Ugur Sahin, que desenvolveu a vacina produzida em parceria com a Pfizer, afirmou na sexta-feira que considera provável a necessidade de uma nova versão do imunizante para combater a ômicron, e que ela poderia ser entregue de forma “relativamente rápida”, publicou a Agência DW.

“Acredito que, a princípio, precisaremos de uma nova vacina contra esta nova variante em algum momento. A questão é com qual urgência ela precisará estar disponível”, disse. Segundo Sahin, sua empresa já trabalha em uma nova versão do imunizante, que poderia ficar pronta em cerca de 100 dias. Depois disso, ainda seria necessário obter a autorização de agências governamentais.

O presidente da farmacêutica americana Moderna, Stéphane Bancel, que produz uma vacina contra a covid-19 com a mesma tecnologia usada pela Pfizer-BioNTech, também afirmou na semana passada que espera uma queda da eficácia dos imunizantes contra a ômicron, mas que ainda levará algum tempo para medir qual será a magnitude.




Mesmo que ainda não haja dados sobre o desempenho das atuais vacinas, ele disse ser provável que o alto número de mutações da ômicron torne necessário o desenvolvimento de uma nova versão da vacina,

A Johnson & Johnson informou na semana passada que seus pesquisadores “buscam uma variante da vacina específica para a ômicron, e a desenvolverão conforme o necessário”, de acordo com a Reuters.

A Universidade de Oxford, no Reino Unido, que desenvolveu uma vacina contra a covid-19 com a farmacêutica AstraZeneca, disse que ainda não há evidências de que as vacinas atuais não evitariam manifestações grave da doença em pessoas infectadas pela ômicron, mas que estava pronta para desenvolver uma atualização do imunizante se fosse necessário.

Na Rússia, o Instituto Gamaleya e o Fundo Russo de Investimentos Diretos, que desenvolveram e promoveram as vacinas Sputnik, anunciaram que deram início aos trabalhos para adaptar o imunizante para combater a ômicron.


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