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Outra ameaça: EUA e Rússia podem se enfrentar na Ucrânia

Tropas Ucrânia exercício militar Misto Brasília

Tropas da Ucrânia participam de exercícios militares/Arquivo/Ein Presswire

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Putin vai procurar firmes garantias de Biden de que a Ucrânia jamais venha a ser incluída nos planos de expansão da Otan

Na véspera de uma reunião por teleconferência entre os presidentes Joe Biden e Vladimir Putin, os Estados Unidos anunciaram nesta segunda-feira (06) que enviarão mais soldados ao Leste da Europa diante da ameaça de uma invasão da Ucrânia pela Rússia.

A Casa Branca comunicou que Biden avisará Putin nesta terça-feira que está preparado para reforçar a fronteira oriental da Otan com tropas adicionais caso a Rússia ataque ou invada a Ucrânia.



A Casa Branca ressalvou, porém, que o envio de tropas não equivale a uma “resposta militar direta” dos Estados Unidos, mas ocorreria no âmbito de uma combinação de vários elementos: apoio ao exército ucraniano, fortes sanções econômicas e um aumento substancial do apoio aos aliados na Otan.

Em paralelo, o Departamento de Defesa dos EUA anunciou não acreditar que um conflito seja inevitável porque “há tempo e espaço para a diplomacia” e que “nada mudou” no que diz respeito ao apoio dos EUA à Ucrânia.

O Pentágono afirmou estar acompanhando com atenção os movimentos do presidente russo, que está somando “capacidades militares na parte ocidental do seu país e em torno da Ucrânia”.

Os serviços secretos dos Estados Unidos estimam que a Rússia tem cerca de 70 mil soldados, juntamente com equipamento e artilharia, mobilizados na fronteira ucraniana e suspeitam que possa estar preparando um ataque, que viria já em 2022, de acordo com funcionários citados pela imprensa americana.



Do lado russo, o Kremlin comunicou que Putin vai procurar firmes garantias de Biden de que a Ucrânia jamais venha a ser incluída nos planos de expansão da Otan, mas Biden já indicou que não dará essa garantia.

Apesar de sanções econômicas não terem conseguido até agora que o Kremlin alterasse as suas decisões, segundo numerosos observadores, o governo dos EUA assegura que desta vez adotará medidas punitivas sem precedente.

Ao mesmo tempo, Washington está apostando na coordenação com parceiros europeus. Na segunda-feira houve uma reunião entre Biden e líderes da Alemanha, França, Itália e Reino Unido. Depois do encontro, esse grupo de Estados exprimiu a sua determinação em que a soberania da Ucrânia seja respeitada, segundo um comunicado da presidência francesa.



O premiê britânico, Boris Johnson, disse que o grupo concordou em apresentar uma frente unidade em torno da questão ucraniana.

Envolvido nessa mesma atividade diplomática, o secretário de Estado Antony Blinken falou ao telefone com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e reiterou o apoio de Washington, informaram as agências DW e Lusa.


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