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Luís Miranda vai concorrer por São Paulo nas próximas eleições

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Luís Miranda é deputado pelo Distrito Federal e transferiu o título para São Paulo/Arquivo

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Parlamentar do Distrito Federal deverá transferir seu domicílio eleitoral para a capital paulista

O deputado Luís Miranda (DEM-DF) vai mudar de domicílio eleitoral no próximo ano para concorrer por São Paulo (capital) à Câmara dos Deputados. O parlamentar deve aproveitar a janela partidária de março para trocar também de partido. Deve migrar para o Repúblicanos.

A outra opção é permanecer no Democratas, que futuramente será chamado de União Brasil, que é o resultado da fusão com o PSL. “Estou analisando as possibilidades”, disse ele há pouco. A mudança estaria relacionada à maior discussão em torno da reforma tributária, que empacou no Congresso Nacional.



“Falar em reforma tributária por um estado forte economicamente é outra coisa”, justificou Luís Miranda. A proposta em duas versões, que tinha sido prometida pelo então presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e depois por Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e também pelo presidente da Câmara, Arthur Lira )PP-AL), patinam há dois anos nas duas Casas. A principal proposta é a PEC 110/2019.

A troca do Distrito Federal para São Paulo também teria outros motivos, segundo alguns observadores. É que Luís Miranda não teria a mesma força política para a sua reeleição, condições favoráveis encontradas para a estreia na política partidária em 2018, quando foi embalado por um discurso coletivo de renovação do Congresso e pelo bolsonarismo alimentado pelas redes sociais.



Miranda foi turbinado pelos seus vídeos no YouTube. Ainda nos Estados Unidos fez campanha eleitoral em torno da redução da carga tributária. Chegou na Câmara com 65.107 votos, surpreendendo políticos tradicionais. Naquelas eleições, apenas a deputada Érika Kokay (PT) foi reeleita.

A realidade política que se avizinha é outra. Luís Miranda ao tentar a reeleição pelo DF enfrentará pesos-pesados da política tradicional, como o ex-governador Rodrigo Rollemberg ou até o ex-senador Paulo Octávio (PP). E contra ele a tropa de choque bolsonarista depois de enfrentar o presidente Jair Bolsonaro na CPI da Covid.


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