Executivo disse que tem dinheiro para receber do negócio da compra da empresa
No início desta tarde, o Aeroporto de Brasília voltou a informar os passageiros da Ita Transportes Aéreas (Itapemirim), que a empresa aérea suspendeu todos os seus voos. Pediu que antes de vir ao aeroporto o passageiro lesado deve entrar em contato com a companhia pelo telefone 0800 723 2121 ou com o e-mail falecomaita@voeita.com.br
Ontem (18), a Anac disse que determinou à Itapemirim Transportes Aéreos a prestação de assistência, reacomodação e comunicação aos passageiros. O contato para realocações deve ser feito somente com a empresa ITA.
A empresa deixou na mão milhares de passageiros desde a sexta0-feira à noite. de acordo com a CNN, o empresário Sidnei Piva de Jesus, dono da Ita Transportes Aéreos tem também explicações a dar aos credores do Grupo Itapemirim, que está em recuperação judicial desde 2016. A companhia, além de fechar os guichês deixou os funcionários sem salário.
Em nota, a Associação Nacional de Pilotos Civis (Abrapac) escreveu que “direcionamos nosso apoio a um grupo especial de aeronautas, pilotos e comissários de voo para que neste momento delicado possam ter a serenidade necessária, ao tempo que desejamos rápida restruturação da companhia para retorno de suas operações”.
O executivo John Schulz diz ser um deles. Em 2006, o americano teria emprestado US$ 45 milhões – o equivalente hoje a R$ 256 milhões – ao grupo. Quando Piva assumiu a empresa já em recuperação judicial, 11 anos depois, o pagamento do empréstimo parou. Schulz diz que ainda tem R$ 91 milhões a receber. Os dados foram confirmados no relatório da administradora judicial.
O advogado José Carlos Ricardo, que defende o empresário Sidnei Piva de Jesus, disse à CNN que seu cliente jamais ofereceu ou pagou suborno e que essa foi uma narrativa construída pela família Cola, antiga proprietária do grupo. “Nada disso existiu. Isso foi uma situação criada pela família para tentar justificar a tentativa de golpe de desviar o patrimônio da Itapemirim para que a empresa falisse sob o comando do novo proprietário”.