Casal do Palácio da Alvorada está dividido em torno da pré-campanha para o Senado Federal
É provável que nesta semana o ex-governador José Roberto Arruda (PL) se encontre com o presidente Jair Bolsonaro (PL). Na pauta, a discussão em torno das eleições majoritárias no Distrito Federal que, aparentemente, dividiu o casal residente no Palácio da Alvorada.
Bolsonaro pretende apoiar a família Arruda nas eleições, mas primeira-dama Michelle Bolsonaro é partidária da candidatura da ex-ministra Damares Alves (Repúblicanos). Na semana passada, a pré-candidata ao Senado foi apresentada na dobradinha na chapa do ex-governador Ibaneis Rocha (MDB), que vai tentar a reeleição.
Nesta segunda-feira (18) Bolsonaro disse que foi surpreendido com o lançamento da chapa de Ibaneis. Ao falar para jornalistas, disse que “goste ou não goste, o Arruda é benquisto no DF”. Há duas semanas, Ibaneis disse que apoia Bolsonaro e na semana passada disse que há espaço para negociações com os Arruda.
O presidente disse que foi “surpreendido com essa chapa, não tinha conhecimento, alguns acham que eu tenho ascendências a Damares, não tenho. A Damares é dona de si”, afirmou. Michelle tem acompanhado Damares na sua pré-campanha e é uma espécie de cabo eleitoral de primeiro costado da ex-ministra. Aparentemente, a primeira-dama não gostaria que a deputada Flávia Arruda (PL) concorra ao Senado Federal.
A situação deve ser esclarecida nos próximos dias, já que nesta quarta-feira (20) começa a temporada das convenções partidárias. No dia 3 de agosto, o Supremo Tribunal Federal analisa a Lei de Improbidade, que pode ajudar Arruda no seu desejo de concorrer ao governo. Pelas pesquisas eleitorais, o ex-governador aparece em segundo lugar, atrás de Ibaneis, mas assim como o governador, apresenta alto índice de rejeição entre os eleitores.