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Bolsonaro desmoraliza o Brasil diante de embaixadores

Jair Bolsonaro máscara Misto Brasília

Jair é o atual presidente do Brasil eleito nas eleições de 2018/Arquivo

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Presidente convocou os diplomatas para criticar o sistema eleitoral, que lhe garantiu suas próprias eleições

Por Misto Brasília – DF

O presidente Jair Bolsonaro (PL) convocou embaixadores de diversos países para criticar o próprio países e o sistema eleitoral. Como chefe de Estado, criticou ministros do Supremo Tribunal Federal e do Tribunal Superior Eleitoral. Veja nota do presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) logo abaixo.

E de quebra, desqualificou o sistema de votação que lhe garantiu mandatos como deputado federal e como presidente da República. Pelo menos 70 carros diplomáticos foram contados pela Imprensa. O encontro aconteceu hoje (18) à tarde no Palácio da Alvorada. O encontro foi transmitido ao vivo pela TV Brasil.

O chefe do executivo rebateu manchetes de jornais e declarações de magistrados e disse que constantemente tentam “desestabilizar” seu governo. Bolsonaro falou também falou aos embaixadores sobre a adoção do voto impresso, proposta rejeitada na Câmara dos Deputados em agosto de 2021.



Aos diplomatas, Bolsonaro falou sobre o inquérito sigiloso da Polícia Federal de 2018, sobre um ataque hacker ao TSE. O tribunal enviou, em agosto do ano passado, notícia-crime no Supremo Tribunal Federal pelo vazamento de inquérito pelo presidente, lembra o Poder360.

“É um inquérito que não tem qualquer classificação sigilosa”. Segundo Bolsonaro, as eleições de 2020 não poderiam ter passado, sem a conclusão do inquérito. “Tudo o que falo aqui ou é conclusão da PF ou é diretamente informações prestadas pelo TSE”, declarou.

“Hackers ficaram por oito meses dentro dos computadores do TSE”. Ele também negou que esteja preparando um golpe nas eleições de 2022.



“Tudo que vou falar aqui está documentado, nada da minha cabeça […] O que mais quero por ocasião das eleições é a transparência. Queremos que o ganhador seja aquele que realmente seja votado”, disse

Bolsonaro também afirmou que, além do Brasil, apenas outros dois países, Bangladesh e Butão, usam urnas eletrônicas sem comprovantes impressos. Bolsonaro nunca apresentou provas de que o sistema eleitoral eletrônico tenha sido violado nos últimos 25 anos.

“Todas as sugestões apresentadas pelas Forças Armadas podem ser cumpridas até 2 de outubro. E, se tiver qualquer despesa extra, o Poder Executivo arranja recursos para tal”, disse.



“Por que nos convidaram? Achavam que iam dominar as Forças Armadas? Será que se esqueceram que sou o chefe supremo das Forças Armadas? […] Jamais as Forcas Armadas participariam de uma farsa”.

Segundo um texto de hoje do TSE, tradicionalmente, a justiça eleitoral recebe embaixadores, observadores e visitantes internacionais para as eleições, de modo a ampliar a transparência do sistema eleitoral e possibilitar atividades de cooperação. Assim, além de contar com a participação de diversas instituições do país, os pleitos brasileiros também são acompanhados por representantes de inúmeras organizações estrangeiras, que, ao final do processo, produzem relatórios com todas as informações colhidas durante as missões.


Nota do presidente do Congresso Nacional

“Uma democracia forte se faz com respeito ao contraditório e à divergência, independentemente do tema. Mas há obviedades e questões superadas, inclusive já assimiladas pela sociedade brasileira, que não mais admitem discussão. A segurança das urnas eletrônicas e a lisura do processo eleitoral não podem mais ser colocadas em dúvida. Não há justa causa e razão para isso. Esses questionamentos são ruins para o Brasil sob todos os aspectos. O Congresso Nacional, cuja composição foi eleita pelo atual e moderno sistema eleitoral, tem obrigação de afirmar à população que as urnas eletrônicas darão ao país o resultado fiel da vontade do povo, seja qual for.”

Senador Rodrigo Pacheco
Presidente do Congresso Nacional

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