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No primeiro debate, foi seis contra um

Candidatos ao governo do Distrito Federal participam de debate/Reprodução TV

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O governador Ibaneis Rocha foi o principal alvo dos seus adversários no debate da Band Brasília

Por Gilmar Corrêa – DF

O primeiro encontro entre os sete candidatos ao governo do Distrito Federal foi marcado pelo nervosismo e pela esperada crítica ao governo de Ibaneis Rocha (MDB), que busca a reeleição. O debate realizado neste domingo (07) pela Band Brasília com regras rígidas limitou as discussões, mas mostrou que os pretendentes ao Palácio do Buriti têm poucas sugestões criativas.

O debate também foi marcado pela falta de concisão dos candidatos, que não conseguiram respeitar o tempo determinado pela produção nas respostas. A surpresa foi a candidata do Psol, Keka Bagno. Como aluna aplicada, leu perguntas, respondeu perguntas e aproveitou as oportunidades para criticar o governador.

No quarto bloco, quando candidato perguntava para candidato, Keka afirmou que Ibaneis “é um fracasso na saúde”. 

A saúde foi o primeiro tema programático a ser levantado pela produção. Ibaneis disse que vai ampliar a assistência à saúde, mas afirmou que reconhece que “temos muito a avançar”, por isso pretende ter um segundo mandato. 

A senadora Leila Barros (PDT) teve dificuldades em expor suas ideias. Na questão do Entorno, falou em parcerias com “os governos”, mas esqueceu que as prefeituras são fundamentais para solução dos problemas entre o DF e as cidades. Leila sugeriu que o Banco de Brasília seja um banco de desenvolvimento para gerar emprego e renda.

O empresário Paulo Octávio (PSD) prometeu não misturar o público e o privado e que a sua sucessão nas empresas já está sendo conduzida. E citou os filhos, Felipe e Paulo, como prováveis sucessores do grupo. “Abro mão dos recursos públicos” e garantiu que 99% dos negócios do grupo são privados.

O senador Izalci Lucas foi critico da administração Ibaneis e perguntou para Rafael Parente (PSB) porque ele deixou a Secretaria da Educação. Na resposta, ele disse que o governador prometeu “total autonomia”, mas quando começou o Educa DF, houve interferências políticas e econômicas. Ao responder uma pergunta de Keka Bagno, Parente disse que pretende fixar a tarifa dos ônibus a R$ 4 e vai incentivar o uso de vans.

Keka também lembrou que nos últimos três anos não foi realizada uma licitação no sistema de transporte público, mesmo com uma determinação judicial.

Rafael Parente citou pelo menos três vezes o senador Jose Antonio Reguffe (União Brasil), como também fez Paulo Octavio e Izalci. “Não vou concordar com o balcão de negócios”, afirmou Parente.

O deputado distrital Leandro Grass (PV) provocou Ibaneis durante o seu questionamento. Perguntou porque ele alocou R$ 7 milhões do chamado orçamento secreto, que segundo ele, acabou melhorando o acesso à fazenda do governador no Piauí. Ibaneis respondeu que estava tranquilo, que os recursos foram intermediados pelo senador Eduardo Gomes. “Estou em paz, não fui beneficiado”, garantiu.

Ao responder uma pergunta da jornalista Alice Ribeiro, Grass lembrou que Ibaneis prometeu, na campanha de 2018, não privatizar a CEB Distribuição.  E que no seu governo, o metrô não vai ser vendido. Ibaneis respondeu que a CEB foi vendida, porque o governo distrital tinha recursos e que sem os investimentos exigidos pela Agência de Energia, o governo poderia perder a concessão.

Ibaneis citou uma única vez o governo de Jair Bolsonaro (PL) quando foi mais uma vez questionado sobre a situação da saúde e justificou as ações durante a pandemia da Covid-19. “Bolsonaro foi o que mais comprou vacinas na história”, garantiu. Keka Bagno e Leandro Grass se encarregaram de citar o presidenciável Lula da Silva (PT), “que vai ajudar a reabrir o Teatro Nacional”, garantiu o candidato da federação PV, PT e PCdoB.

 

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