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Engenheiros da Petrobras criticam distribuição de dividendos

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Novos preços dos combustíveis criou uma nova crise política/Arquivo/Divulgação

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O alto valor pago aos acionistas da empresa só foi possível com a redução dos investimentos

O Conselho de Administração da Petrobras aprovou a distribuição de dividendos antecipados a acionistas, referentes aos resultados do terceiro trimestre deste ano. O valor, de R$ 43,7 bilhões, será pago em duas parcelas, uma em dezembro e a outra em janeiro de 2023, registra a Agência Sputnik.



Ao divulgar os números, a empresa disse que “a aprovação do dividendo proposto é compatível com a sustentabilidade financeira da companhia no curto, médio e longo prazos.

E está alinhada ao compromisso de geração de valor para a sociedade e para os acionistas, assim como às melhores práticas da indústria mundial de petróleo e gás natural”.

A questão como aponta o vice-presidente da Associação dos Engenheiros da Petrobras (Aepet), Felipe Campos Cauby Coutinho, é um pouco mais delicada.


Segundo ele, o alto valor pago aos acionistas da empresa só foi possível em razão de uma série de fatores, como a redução dos investimentos, as privatizações e os altos preços do petróleo, atrelados ao dólar.

De acordo com Felipe Coutinho, “as distribuições de dividendos promovidas pela direção da Petrobras em 2021 e 2022 são insustentáveis”.

Ele aponta que elas foram possíveis graças à “redução dos investimentos, níveis insuficientes para manter reservas e a produção de petróleo; e vendas de ativos rentáveis e estratégicos, além dos preços do petróleo conjunturalmente altos”.


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