Nesta semana o presidente eleito está em Brasília para conduzir as indicações e também a PEC das Transição
Por Misto Brasília – DF
É esperado para esta semana o anúncio dos primeiros nomes para compor o futuro ministério do governo de Lula da Silva (PT).
Hoje (28) o presidente eleito chegou em Brasília para conduzir as negociações políticas e os arranjos em torno da PEC da Transição, cujo principal teor é o estouro do teto de gastos e o pagamento de R$ 600 para o Auxílio Brasil.
Nas apostas de nomes há muitas indicações, mas o ex-governador da Bahia, Rui Costa, é o mais forte concorrente para a Casa Civil. Para comandar o Ministério da Defesa, que tem sob a suas asas o Exército, Marinha e Aeronáutica, está sendo cogitado o ex-deputado e ex-ministro do Tribunal de Contas da União, José Múcio.
Também são citados o ex-comandante da Aeronáutica Junito Saito, o ex-comandante do Exército Enzo Peri e o general G. Dias. A área da Defesa é dificultada diante da influência dos generais do presidente Jair Bolsonaro, especialmente no Exército.
Cresce a cotação do ex-prefeito e ex-candidato ao governo de São Paulo, Fernando Haddad, para assumiu o Ministério da Fazenda. A senadora Simone Tebet (MDB), que concorreu à Presidência no primeiro turno, pode ser anunciada como a futura ministra de Desenvolvimento Social.
A deputada eleita por São Paulo e ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede), pode voltar para a pasta. O nome dela vem sendo citado desde a COP27, quando se encontrou com o presidente eleito.
Dúvidas ainda para a PEC da Transição
No lado do Congresso Nacional, nesta segunda-feira o senador Marcelo Castro decidiu protocolar a PEC da Transição (ou do Estouro) nos mesmos moldes do anteprojeto que foi apresentado pelo governo de transição: com um gasto extrateto que pode chegar a R$ 198 bilhões.
De acordo com o g1 e outras mídias, o valor decorre dos R$ 175 bilhões que seriam destinados para Auxílio Brasil (Bolsa Família) acrescidos de R$ 23 bilhões para investimentos.
“Estou apresentando hoje a PEC. Porque os prazos estão muito curtos e vamos fazer as negociações enquanto a PEC estiver tramitando”, disse Castro à CNN Brasil.
“O texto é aquele texto que foi apresentado pela equipe de transição. Excepcionalizando o Bolsa Família do teto de gastos agora por quatro anos. É o mesmo texto”, disse.
No SBTNews e no Uol, informou-se que integrantes do grupo de transição avaliam que há mais chances de aprovar a PEC que viabiliza o Auxílio Brasil, que voltará a ser chamado de Bolsa Família pelo governo eleito, de R$ 600 com prazo de 2 anos fora do teto fiscal – o que duraria, pelo menos, metade do mandato do novo governo.