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Relatório aponta que Trump ajudou na invasão do Capitólio

Congresso americano invasão

Manifestantes pró-Trump ocuparam até o telhado do Capitólio, sede do Congresso dos EUA/Arquivo/The New York Times

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O relatório, divulgado revelou a transcrição de 34 depoimentos de testemunhas no dia anterior

O comitê da Câmara, que investiga a invasão de 6 de janeiro de 2021 ao Capitólio dos EUA, divulgou o relatório final, uma visão abrangente das conclusões do painel bipartidário.

O relatório de 845 páginas inclui diversos documentos baseados em mais de 1.000 depoimentos e e-mails, textos e gravações telefônicas obtidas, entre outras evidências, informou a Agência Sputnik.



“Este relatório vai fornecer detalhes suficientes sobre os esforços e contribuição de Donald Trump para anular a eleição de 2020 e impedir a transferência de poder”, informou o presidente do comitê, Bennie Thompson.

O relatório destaca que “nenhum dos eventos do dia 6 de janeiro teria ocorrido” sem a liderança do ex-presidente.

Entre a eleição de novembro de 2020 e os protestos no Capitólio, Trump e seu círculo “realizaram pelo menos 200 aparentes atos de sensibilização, pressão e condenação pública e privada contra os legisladores estatais, administradores estatais ou locais, para suspender os resultados das eleições”, diz o relatório.



O relatório foi divulgado horas depois da publicação das transcrições dos depoimentos do ex-diretor de segurança cibernética e da Agência de Segurança de Infraestrutura, Chris Krebs, do ex-secretário de Defesa, Mark Esper, da ex-porta-voz da Casa Branca, Sarah Matthews, e dos funcion
ários do Departamento de Justiça, Ken Klukowski e Stephen Ayres, que participaram dos protestos.

A divulgação também ocorreu três dias depois do nono membro do comitê votar em seu encontro final para fazer referência a Trump e um grupo de aliados para o Departamento de Justiça com quatro acusações criminais: insurreição, obstrução de um processo oficial, conspiração para defraudar o governo dos EUA, e fazer anúncios falsos contra o governo dos EUA.



Por sua vez, Trump repetidamente realiza declarações contra a investigação e, mais recentemente, contra a ação penal, referindo-se às acusações como “fake”.

“As pessoas entendem que o Departamento Democrático de Investigação, o DBI [na sigla em inglês], está aqui para não permitir que eu concorra à presidência, pois elas sabem que eu vou ganhar, e que todos estes processos são como o impeachment, ou seja, uma tentativa partidária de me afastar do Partido Republicano”, afirmou Trump.


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