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Mortos pelo terremoto já ultrapassa a 9,5 mil pessoas

Equipes de resgate vasculham os escombros em busca de vítimas/Reprodução/BBC

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) acredita que o número de mortos deve subir significativamente

Autoridades da Turquia e da Síria informaram nesta quarta-feira (08) que já passa de 9.500 o número de mortos pelo terremoto que atingiu na madrugada de segunda uma região de fronteira entre os dois países. Trata-se do terremoto mais mortal a atingir a Turquia desde 1999.



A Organização Mundial da Saúde (OMS) acredita que o número de mortos deve subir significativamente devido à grande quantidade de prédios danificados, podendo chegar a cerca de 20 mil nos próximos dias.

O tremor de magnitude 7,8 na escala Richter sacudiu o sudeste da Turquia e o noroeste da Síria. O governo turco disse que o número de vítimas ultrapassou os 7.100. Do lado sírio da fronteira, o total de mortos já passa de 2.500, segundo autoridades do país citadas pela agência de notícias Reuters.

Equipes de resgate correm contra o tempo para retirar pessoas dos escombros, e as chances de encontrar sobreviventes diminuem a cada hora. O número de feridos passa de 30 mil, e o de mortos deve continuar a subir.



O abalo ocorreu às 4h17 (horário local) na segunda-feira, e seu epicentro foi próximo à capital da província de Gaziantep, um importante centro industrial no sudeste da Turquia. Segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), o epicentro ocorreu a uma profundidade de 18 quilômetros. O terremoto inicial foi seguido por dezenas de réplicas, incluindo um tremor de magnitude 7,5.

O terremoto inicial, de 7,8 na segunda-feira, também foi sentido na capital turca, Ancara, no Líbano, no Chipre e até na capital egípcia, Cairo.



Milhares de edifícios desabaram em uma ampla área de centenas de quilômetros, desde o norte da Síria – palco de uma guerra civil há quase 12 anos –, em cidades como Aleppo, até o sudeste da Turquia, onde foi afetada a maior cidade da região, Diyarbakir. Equipes de regaste buscam por sobreviventes nos escombros.

“A maioria das pessoas que estão ajudando a retirar as pessoas dos escombros são civis. Grande parte não tem formação para fazer trabalho de resgate. É muito perigoso. A qualquer momento, eles podem ser soterrados”, explicou a testemunha, que disse sentir a terra tremer a toda hora. “Talvez também seja apenas o meu corpo, estou em choque”, segundo registro da Agência DW.


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