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Lula e Biden afinam discurso sobre democracia e meio ambiente

Lula da Silva e Joe Biden Misto Brasília

Lula da Silva e Joe Biden se cumprimentam na entrada da Casa Branca/Reprodução vídeo

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Na comitiva estão os ministros Fernando Haddad , Marina Silva, Mauro Vieira e Anielle Franco

O presidente Lula da Silva foi recebido nesta sexta-feira (10/02) por seu homólogo americano Joe Biden, na Casa Branca, em Washington.

Os dois líderes unificaram o discurso em torno da defesa da democracia e trataram de uma nova parceria para defender o meio ambiente e combater as mudanças climáticas.



Lula sugeriu a Biden a criação de um mecanismo de governança global para impor aos países a aceitação de decisões em defesa do clima.

“Se não tiver uma governança global forte e que tome decisões que todos os países sejam obrigados a cumprir, não vai dar certo”, disse o petista.

“Não sei qual é o fórum, não sei se na ONU, não sei se é no G20, não sei se é no G8, mas alguma coisa temos que fazer para obrigar os países, o nosso Congresso, os nossos empresários a acatar decisões que tomamos em nível global. Se não acontecer, nossa discussão na questão climática ficará prejudicada.”



Na comitiva de Lula na Casa Branca estavam os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Marina Silva (Meio Ambiente), Mauro Vieira (Relações Exteriores) e Anielle Franco (Igualdade Racial), além do assessor especial Celso Amorim e do secretário Marcio Elias Rosa.

Do lado americano estavam presentes o secretário de Estado, Antony Blinken, do Tesouro, Janet Yellen, além do enviado especial para o clima, John Kerry, e do conselheiro de Segurança Nacional, Jake Sullivan.

Horas antes, Lula se reuniu com o senador democrata americano Bernie Sanders na Blair House, residência próxima à Casa Branca reservada para chefes de Estado em visita a Washington.



Sanders, um dos principais líderes da esquerda americana, acompanhou de perto as eleições presidenciais brasileiras. No ano passado, o Senado aprovou uma resolução de sua autoria que instava a Casa Branca a romper relações diplomáticas com o Brasil em caso de golpe de Estado.

Nesta sexta, em Washington, Lula concedeu uma entrevista para a jornalista britânico-iraniana Christiane Amanpour, da CNN, onde falou sobre as semelhanças entre o golpismo de direita nos EUA e no Brasil e lançou críticas ao seu antecessor no cargo.

Lula disse que Bolsonaro seria uma “cópia fiel” do ex-presidente americano, Donald Trump, uma vez que, segundo afirmou, ambos “não gostam de sindicatos, não gostam do setor empresarial, não gostam de trabalhadores, não gostam de mulheres, não gostam de negros”, informou a DW.


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