Ícone do site Misto Brasil

Lula diz que dividendos históricos da Petrobras é inaceitável

Equipe de transição CCBB Lula da Silva Misto Brasília

Lula da Silva após o encontro que realizou com a equipe de transição no CCBB/Marcelo Camargo/Agência Brasil

Compartilhe:

Presidente disse que a companhia deveria ter usado mais recursos em investimentos que contribuíssem para o crescimento econômico do país

Por Misto Brasília – DF

O presidente Lula da Silva (PT) criticou, nesta quinta-feira (2), o volume de dividendos que deverão ser distribuídos pela Petrobras em referência aos resultados obtidos em 2022, período em que a empresa lucrou R$ 188,3 bilhões − marca histórica já registrada por uma companhia de capital aberto no Brasil.

Ontem (01), a estatal divulgou que distribuirá R$ 35,8 bilhões de seus lucros obtidos no quarto trimestre de 2022 aos seus acionistas (o que corresponde a R$ 2,745 por papel), acumulando um montante de R$ 215,7 bilhões em dividendos no ano, mais que o dobro do que foi pago em 2021.



O valor corresponde a cerca de três vezes o orçamento previsto para o Bolsa Família em 2023, conforme registrou o Infomoney.

Em discurso durante cerimônia de lançamento do novo Bolsa Família, no Palácio do Planalto, Lula classificou a notícia como inaceitável e disse que a companhia deveria ter usado mais recursos em investimentos que contribuíssem para o crescimento econômico do país.

Novo presidente da Petrobra não nega mudanças nos dividendos

O novo presidente da Petrobras Jean Paul Prates, participou na manhã de teleconferência com analistas, sua primeira no cargo, após a estatal divulgar seus resultados do quarto trimestre de 2022.



Entre os destaques, ficaram suas falas sobre a remuneração aos acionistas – sob holofotes dos investidores e do governo após a mudanças no alto comando da estatal.

Depois de a petroleira distribuir dividendos recordes no ano passado, de R$ 215,8 bilhões, Prates não negou possível mudança, em 2023, na distribuição, classificando o atual cenário como “mais desafiador”.

Entre os motivos para isso estão as questões macroeconômicas, com possível recuo do petróleo, novos investimentos e prováveis mudanças nos preços cobrados pela companhia e na política de desinvestimentos.

“Teremos uma robustez de dividendos em 2023. Pretendemos ter lucros à altura dos registrados em 2022, mas o cenário é mais desafiador”, declarou.


Sair da versão mobile