O governo chinês adotou a prudência na declaração feita neste pelo primeiro-ministro Li Keqing
O Governo da República Popular da China optou pela prudência na hora de anunciar a meta de crescimento económico do país para 2023.
Consciente do impacto da pandemia e de outros “fatores internos e internacionais” na economia chinesa em 2022, o primeiro-ministro, Li Keqiang, revelou neste domingo (05) que as estimativas de Pequim apontam para um crescimento de 5% do Produto Interno Bruto (PIB).
A meta fica aquém dos 6% que vinham sendo avançados nos últimos dias pela imprensa internacional, e que pode ter sido influenciada pelo tiro ao lado no ano passado.
Em 2022, o governo chinês tinha definido um crescimento de 5,5%, mas o PIB cresceu apenas 3%, tendo sido o segundo pior desde 1976, citou o Público.
A par da inflação e do efeito generalizado da guerra na Ucrânia nas cadeias de distribuição e abastecimento mundiais, parte da explicação dos resultados de 2022 pode estar na duração prolongada da política “Covid zero” chinesa, uma abordagem sanitária marcada por confinamentos rigorosos de edifícios, ruas, bairros, cidades e regiões inteiras ao mínimo surto de Covid-19, e por operações de testagem em grande escala da população, que só começou a ser abandonada em Novembro.
“A inflação global permanece elevada, a economia global e o crescimento comercial estão a perder gás e as tentativas externas para suprimir e conter a China estão a escalar. Internamente, a fundação para um crescimento estável precisa de ser consolidada. A insuficiente procura continua a ser um problema significativo e as expectativas dos investidores privados e das empresas são instáveis”, afirmou Li Keqiang, citado pela Reuters.