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Saneago no centro da crise política entre Caiado e prefeitos

Governador Roaldo Caiado

Ronaldo Caiado é governador pela segunda vez de Goiás/Arquivo

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As prefeituras de Luziânia, Cidade Ocidental e Valparaíso de Goiás, com 456 mil habitantes, rompe contrato com a empresa estadual

Por Misto Brasília – DF

Os três municípios do Entorno do Distrito Federal, com maior número de habitantes, rescindiram o contrato com a Companhia de Saneamento de Goiás (Saneago). A quebra do convênio criou uma crise política entre os prefeitos e o governador Ronaldo Caiado (União Brasil).

O governador disse que a decisão dos prefeitos Pábio Mossoró (MDB), de Valparaíso de Goiás, Fábio Corrêa (MDB), de Cidade Ocidental, e Diego Sorgato (União Brasil), de Luziânia, “me deixou profundamente decepcionado”.



Na entrevista que concedeu às rádios Supra e 103 FM, de Luziânia, o governador não poupou críticas e sugeriu que interesses não esclarecidos estariam por trás dessa decisão. Os prefeitos optaram por uma empresa privada para fornecer a água aos moradores. “O assunto deveria ser tratado com mais transparência”, avalia.

Num decreto publicado no início de fevereiro, o prefeito Diego Sorgatto declara a precariedade do contrato com a Saneago. E argumenta que no convênio firmado em 2015, “falta compatibilidade entre o contrato e a legislação federal”.

O prefeito de Valparaíso de Goiás, Pábio Mossoró, disse que a população não é atendida com o esgotamento sanitário. Antes de romper o contraro com a empresa estadual, ele já tinha anunciado a ^busca por novas parcerias”.



Numa entrevista ao jornal Opção, Mossoró afirmou que “pelo novo modelo, a iniciativa privada passará a disputar as concorrências em igualdade de condições com as estatais locais”.

O governador Ronaldo Caiado estranha o comportamento dos prefeitos. Especialmente depois que a Saneago investiu R$ 440 milhões no Sistema Corumbá, que passou a fornecer água tratada para os três municípios e também para o Novo Gama.

“Porque uma decisão como essa é repentina? Agora ela não presta mais?”, questiona Caiado. E emenda com outra pergunta: “Porque a empresa particular tem interesse em fazer o contrato”.



As relações políticas entre os quatro políticos começaram a aparecer publicamente na solenidade de posse da de Maria Caroline Fleury de Lima, na recém-criada Secretaria do Entorno do Distrito Federal.

Os três prefeitos não foram à posse e a desculpa foi que a indicação da secretária foi uma escolha política errada do governador Caiado. “Não discriminei prefeito nenhum. O que estava por trás era a Saneago”, disparou na entrevista às rádios.


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