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Polêmicas na visita de Lula da Silva em Portugal

Lula da Silva visita Portugal Misto Brasília

Lula da Silva ao lado do presidente de Portugal nesta manhã e sábado/Divulgação/PR

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O presidente voltou a falar sobre a guerra entre a Ucrânia e a Rússia durante uma conferência de imprensa

Por Misto Brasília – DF

Entre encontros, polêmicas e protestos, o presidente brasileiro Lula da Silva (PT) ficará em Portugal até terça-feira (25). Na comitiva, Lula traz oito ministros e a esperança de assinar pelo menos 13 acordos oficiais.



Neste sábado (22), o presidente voltou a falar sobre a guerra entre a Ucrânia e a Rússia.

A visita do presidente brasileiro tem gerado polêmica desde o primeiro segundo.

Assim que, em fevereiro, João Gomes Cravinho, ministro dos Negócios Estrangeiros, falou publicamente na possibilidade de Lula da Silva discursar no Parlamento na sessão solene do 25 de Abril – destacando o caráter inédito do acontecimento – PSD, Iniciativa Liberal (IL) e Chega manifestaram-se contra a ideia, lembrou o Diário de Notícias, de Portugal.



A solução por fim encontrada foi criar uma sessão especial para Lula no Parlamento a 25 de abril, mas não nas comemorações do 25 de Abril. De qualquer forma, será o primeiro chefe de Estado a fazê-lo nesta data.

O presidente brasileiro será recebido na Assembleia da República às 9h30 e discursará antes da sessão evocativa da Revolução dos Cravos, meia hora depois.

Segundo fonte oficial da diplomacia brasileira à Agência Lusa, Lula da Silva não ficará para as comemorações oficiais, apesar de ter sido convidado para tal pelo presidente do Parlamento, Augusto Santos Silva. Parte logo para Madrid, até porque tem almoço marcado, com o rei Felipe VI.



Sobre a guerra entre a Ucrânia e a Rússia

O presidente disse este sábado que é necessário “constituir um grupo de países que se sentem à mesa para discutir a paz na Ucrânia. Além disso, afirmou que a Rússia começou “uma guerra contra a Ucrânia”, aludindo a uma renovação do Conselho de Segurança da ONU.

Em conferência de imprensa conjunta depois de uma reunião à porta fechada, com Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República, Lula da Silva referiu que “o Brasil quer encontrar um caminho para estabelecer a paz”.



E, reforçou, “é melhor encontrar uma saída à mesa de negociações do que uma saída no campo de batalha”. “A guerra só destrói, não constrói nada”, frisou, revelando que não vai “nem à Rússia, nem à Ucrânia” até que haja conversas e condições no sentido de estabelecer a paz.

Lula da Silva voltou a criticar o envolvimento da União Europeia no conflito. “Se você não faz paz, contribui para a guerra”, afirmou.

Referindo que Olaf Scholz pediu mísseis ao Brasil, Lula da Silva disse que não acedeu ao pedido porque “se o míssil matasse alguém”, o país faria parte da guerra.


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