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Major nega que ensinou táticas de guerrilha e que foi apenas um missionário

CPI dos Atos Antidemocráticos Major Claudio Mendes dos Santos Misto Brasil

Cláudio Mendes dos Santos durante depoimento na CPI dos Atos Antidemocráticos/Rinaldo Morelli / Agência CLDF

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O militar da Polícia Militar do Distrito Federal teria ensinado táticas de guerrilhas aos bolsonaristas no acampamento do QG do Exército

Por Misto Brasil – DF

O penúltimo depoimento antes da apresentação do relatório da CPI dos Atos Antidemocrático, foi marcado por contradições. O major da Polícia Militar, Cláudio Mendes dos Santos, foi impreciso nas suas declarações, o que gerou muitas dívidas entre os deputados distritais.

Você pode conferir o depoimento na homepage do Misto Brasil

O militar depôs hoje (09) na Câmara Legislativa. Ele é acusado e investigado, e por isso está preso, por supostamente orientar táticas de guerrilhas aos bolsonaristas que invadiram os prédios dos três Poderes. Segundo ele, essa denúncia foi apresentada por sua ex-esposa.

Ele negou a suspeita, mas o major era um dos líderes do acampamento em frente ao quartel general do Exército, no Setor Militar Urbano de Brasília.

O militar negou que exerceu liderança dentro do grupo e garantiu que não incentivou as invasões no dia 8 de janeiro.

Cláudio disse que sua participação no QG era “missionária”, que atuava como pastor evangélico, e não como militar.

“Se o presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, tivesse ido uma vez ao acampamento e dito ‘pessoal, vão embora’, todo mundo tinha ido”, falou para os deputados.

O presidente da CPI, deputado distrital Chico Vigilante (PT), comentou que “ali naquele acampamento, foi tramada a colocação de uma bomba para explodir a rodoviária de Brasília, o aeroporto e a subestação de energia de Furnas. Não era um santuário, era uma área de terroristas que queriam cessar o processo democrático”.

O relator da comissão, deputado distrital João Hermeto, afirmou que o ex-presidente “Bolsonaro [jair] tinha que ter assumido a derrota, tinha que ter passado a faixa para o presidente Lula, é isso que acontece num país democrático. Ele [Bolsonaro], indiretamente, influenciou todos eles [manifestantes presos]”.

De acordo com a Agência CLDF, a CPI fará sua última oitiva no dia 16 de novembro. Será ouvido o coronel Reginaldo Leitão. O deputado Hermeto afirmou hoje que ainda em novembro o relatório final da comissão estará pronto.

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